Sutilmente.

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Último dia do ano e meu último post de 2010.

Comecei escrevendo sobre as minhas impressões desse ano e bem no clímax, o notbook desligou e as palavras se perderam aqui. Sim, o blogger resolver não salvar o que eu tinha pensando e escrito.
Dei-me então a esse alento de
tarefa nova, de dissolver a resolução anterior e pôr em ação as minhas palavras de agradecimento. Porque eu tenho muito a agradecer e tenho muito a agradecer aos seres que convivem comigo.
- Não sou uma pessoa fácil! - sempre digo.
E vou dando, entre fúrias e tormentos, as minhas piores partes. Vou entregando, entre beijos e sussuros, o meu melhor ânimo e recitando, entre vivos e feridos desse meu louco universo, as frases mais honestas que consigo.
Sem dúvidas, esse ano trouxe um M bem gordo de mistério e me fez, por dentro e por fora, aprender a compartilhar o que sou por inteiro.
Com as amigas, as de longa data e as de data recente, descobri o que é chorar sem medo, falar dos meus defeitos, dos sonhos e das expectativas de vida. Elas me ensinaram a olhar o reflexo no espelho e não ligar para as falhas. Suportaram minhas crises: alérgicas e existencias. E foram, por tantas vezes, o porto seguro onde pude e posso atracar onde e quando quero esse barco instável que é a minha embarcação.
E a família... É com a distância que vejo o quanto perdi com as birras e as caras fechadas. Mas a mãe continua sendo ótima e uma grande conselheira nesse meu novo estágio.
Os amigos... Como sou uma pessoa sortuda por ter garotos incríveis ao meu redor! Sinceros, honestos no que fazem e cavalheiros por natureza! Uns mais que ou outros, é verdade. Mas cada um deles preenche uma parcela considerável da minha composição.
O namorado é outra coisa de outro mundo. É o Leão amado dessa garota que resolveu prender braços, pés, pernas, cabeça, coração e todo o resto nesse menino branco de olhos verdes que me tira o fôlego. E como é engraçada a nossa história, como é estranho estarmos juntos se parece que foi ontem que nos beijamos pela primeira vez.
Esse ano foi incrível! E não sorrir é impossível depois de ver a recuperação da minha prima; vê-la resplandecer em meio à difilcudade. E não chorar com todas as tragédias, mortes, dores, horrores deste 2010 histórico, é não ser humano!

Eu só tenho o que agradecer por ter a melhor família de todas (mesmo cheia de defeitos), as melhores amigas, os melhores amigos (e isso inclue os que malmente vejo e converso) e por ter tido a oportunidade de conviver com você, Branco. E a cada dia, com cada coisa doida que eu faço você fazer (porque eu te seduzo, eu sei disso) eu só te amo mais. E mesmo que eu não tenha nada, eu já tenho tudo: Vocês todos que conseguem fazer desse ser egoísta aqui, uma pessoa melhor!

E sobretudo e todos: Obrigada Deus por ter me proporcionado as melhores experiências, viagens, conhecimento e por ter me dado essa mente cheia de surpresas e novidades. Porque eu mesma não consigo deixar de me surpreender.

- Se quiser vir comigo, entra! Não tem porta nesse amontoado de coisas que me faz Rebeca.
2011 promote e muito!

Quarta-Feira [7]

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"Ela pára e fica alí parada
Olha-se para nada,
Paraná

Fica parecida paraguaia
Para-raios em dia de sol
Para mim.


Prenda minha parabólica
Princesinha parabólica
O pecado mora ao lado
E o paraíso,
Ele paira no ar...

Pecados no Paraíso


Se a tv estiver fora do ar
Quando passarem os melhores momentos da sua vida
Pela janela alguém estará
De olho em você
Completamente paranóica

Prenda minha parabólica
Princesinha parabólica
Paralelas que se cruzam
Em belém do Pará

Longe, longe, longe
Aqui do lado.
Paradoxo,
Nada nos separa.

Eu paro e fico aqui parado
Olho-me para longe
A distância não separabólica."
Da "domadora" de Leões
Para o Leão Número 1.

Quarta-Feira [6]

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Venho aqui, solenemente, de peito aberto entregar mais um punhado de palavras...
Dizer-lhes que ando bem, serena com as mudanças e metida com os estudos.
Lendo Alice e brincando de fábulas; sonhando estranho e planejando pouco.
Venho, sobretudo, entreter-lhes!
Falar dessa minha vida que é coisa absurda e perigosa; comum ao olho normal.

Cheguei trazendo a chuva para Brasília! E pegando as aulas do cursinho, fazendo provas do vestibular e me perdendo em uma cidade pequena.
Atazanei o juízo do meu pai a proucura de um vestido, e agora, vamos caçar um salto alto.
Fiz uma pequena amizade com minha concorrente de Engenharia, comi umas comidas locais deliciosas e outras, bombas calóricas conhecidas mundialmente.
Sinto e senti saudades, muitas e poucas, das pessoas que deixei.
Fiquei mais amável certas horas e menos amável em outras, mas na base, sou doce.
E onde arrumei nova essência não sei dizer, mensurar, explicar. Apenas percebo pedaços novos, compondo juntos, essa carne velha.

Um grande beijo.

Como ainda estou sem internet, desejo antecipadamente Um Feliz Natal/Ano Novo. E que possamos nos tornar menos hipócritas, principalmente nesse mês expressivo. Um beijo caloroso aos meus Baianos, à Tati Tosta e a Diana Bruna que tanto me faz falta. Que 2011 seja Doce...
Rebeca C. Souza

Quarta-Feira [5]

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É hoje! Passagens compradas à espera da confirmação de presença no guichê!
É hoje!  E a dor continua martelando no peito depois de meses.
É hoje!
É hoje!
É hoje!
Lá vou eu para mais uma jornada da minha vida; lá vou eu fechar os olhos para não chorar.
Vou eu dar uma de forte, vou eu te beijar na boca e conseguir sorrir.
Lá vou eu... E que isso, seja bom!

Falta pouco para eu mudar de cidade e estado. Falta pouco para eu demorar muito para voltar! E você, vai continuar me amando depois disso? Espero que sim; eu ainda vou te amar, aqui ou lá. E para os leitores: eu vou demorar para postar, mas eu volto para vocês também; assim que possível!

O About my Truth fez aniversário!

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Planejei escrever palavras doces para comemorar esse marco em minha vida; palavras que fossem reflexo do que tenho de mais claro aqui.
Pensei em promoções para agradar vocês - leitores -, e em novidades textuais para apresentar como Caixa de Pandora.
Mas nada disso virá! Não tenho planos para hoje e ontem, foi maravilhoso para se perder da memória com amenidades.
Se ao menos eu conseguisse tirar o cheiro dele que ficou impregnado nos meus olhos... E mesmo assim não há garantias de que eu pudesse dar um espetáculo à parte.
Então, que eu seja direta!
- Parabéns Rebeca! Por fazer deste espaço um abrigo para a alma, coração e mente. Por completar 1 ano de blog sem ceder às pressões, brigas, falsidades e mentiras. Por acreditar que em algum lugar em você existe um potencial para realizações divinas.
Então, que seja agora:

Lembro-me de um dia particular onde conversava com Carla Jane (a amiga). Ela insistia que eu deveria ter um blog e que meus textos eram dignos de leitura.
Como contei antes, detestava exibir o que tenho por dentro e em minha relutância, este espaço custou a sair.
O primeiro problema foi o nome. Não queria ser ninguém além de mim e pela minha sinceridade exacerbada veio a idéia (de Carla, se não me engano), ainda crua, do nome "Verdade".
Conversas msnênicas entre nós duas e ela me fez a trivial pergunta: "sobre o que você quer escrever, Bell?"
Até então, eu não tinha pensando em realmente criar um blog e em meio a essa pergunta, vi-me completamente fascinada diante do leque de possibilidades que abraçava a minha mente. E num surto, não sei se dela ou se meu, surgiu o título "Sobre as minhas Verdades". Como na época eu não conhecia nada sobre o blogger e seus integrantes e o título do blog da minha amiga Carla é em inglês, esse acabou indo também para a língua inglesa.
Demorei um pouco para fazer a primeira postagem, já que o layout precisava de um toque pessoal e eu não sabia fazer isso. Carla me deu uma breve aula sobre banner, cores/combinações e como eu poderia mudar os códigos quando julgasse necessário.
Depois de 1 ou 2 dias, com uma cara mais bonita, veio a primeira postagem: "Eu não gosto de dois pesos e duas medidas". É uma citação do livro Crepúsculo - uma das minhas favoritas.
Citação essa que sempre foi a minha marca registrada e eu não poderia começar de outra forma senão assim.

E desde a criação eu tenho dado partes, mesmo que mínimas, dessa pessoa que vos escreve. A perfeição passa longe de mim e continuaria passando se a minha intenção fosse alcançá-la.
E mesmo hoje sendo 13 de Dezembro, um dia depois do aniversário do About, eu fico feliz em poder comemorar junto a vocês - leitores -, que fizeram de mim muito mais do que àquela garotinha que um dia eu fui: a Garota dos Diários.
Esse dia eu dedico a todos!

Parabéns para nós, Parabéns para o 
About my Truth.


Piegas.

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Aqui, no meu caminho de Vênus, Terra-Espaço 2010.

Não era a intenção dizer as mesmas coisas, repetir o passado esfregando-o na cara.
Tão pouco, rir das minhas misérias. Houve um tempo, e era nosso...
As cartas perderam a graça com as palavras cuspidas em brasa no dorso serene. Eu dançando à toa e você curtindo os passos de me deixar; passos completamente descompassados, mas em sintonia de endereço, cartão postal, secretária eletrônica.
Os outros, ah! bobinhos, falam das besteiras convenientes do dia e eu, vou perecendo em partes iguais nesse meu caminho de Vênus.
- Afrodite!
Chamava-me então, nas noites de amor; só que o amor que é bom não quis fincar raízes. Pegou trapos, farelos e a mala cozida das lágrimas mal derramadas em sua despedida.
Despedaçou-me. E por isso, somente por isso, espero o retorno da nave espacial maluca, àquela própria em que te pus de braços atados para longe de mim.
É esquisito, eu sei. Ao ler isso ele vai surtar; o Ítalo, ou quem quer que seja.
Mas sabemos todos que essa idéia minha será sempre uma fuligem do que é de verdade.
Martelei presa nos sentimentalismos das outras cartas; todas tão uniformemente óbvias!
E mesmo fugindo do amor, ele insiste em me guiar como a calda de um cometa...
E aí está você, agora, bem no lugar onde eu sempre quis; contemplando paradoxalmente as estrelas que eu desenhei e pintei em molde claro, em brilho fraco.
Nessa composição estranha de Terra-Espaço, nesse amontoado de palavras sem fazer sentido ou, fazê-lo todo inteiro, inteligível.
E será então, como eu sonhei, a correspondência atrasada invadindo a órbita do planeta e dos seus olhos em um instante comum. Permeando o universo que trago por dentro, exibindo as falhas desse amor à distância.
Se preciso me entregar ao eu, farei-o contigo, sem demora.
Exatamente quando o Sol  rasgar o céu escuro da solidão desse pacto sem léxico que me propôs você; e no final das contas, do texto, da carta escrita em códigos lunáticos como aprendi há tantos anos, eu sei que você volta!
Como sempre voltou, como sempre voltará: eu sou o seu lar.


Para o Astronauta.
Não há lugar onde o nosso amor
 não pertença a nós e às estrelas.
Eu fiquei sem acesso ao computador ontem, por isso não postei o texto de Quarta. Sinto muito. Um beijo enorme para Diana Bruna e Tati Tosta, ando morrendo de saudades delas! Aviso: Quarta-feira que vem é minha viagem para Brasília, desejem-me sorte. O blog vai ficar paradinho porque na casa do meu pai não tem internet. Só quando eu chegar lá que vamos resolver como minha vida social e "bloguística" vai ficar.

Ênclise e Próclise

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Tenha-me como relicário; frágil, pequeno, simples, delicado e lindo.
Que pode crescer ao se acrescentar uma pedra, um enfeite, ladrilho ou fita.
Adicione-me ao pescoço, prenda-me no lugar onde ostenta os teus valores.
Exiba-me, exalte a glória de me chamar de seu, meu bem.
Faça-me um carinho, beije-me a boca.
Enrubesça a face nos meus ardores, temores, preceitos e pernas.
Compreenda as minhas loucuras, satisfaça-me os desejos.
Só não acredite que me terá para sempre;
Que teus, mesmo os pormenores, encherão meus olhos.
Sou tudo o que disse e o que eu não disse;
e nessas horas, mais minhas que tuas, eu sei ser má.
Cuide, meu bem. 
Como Relicário, posso eu muito bem em outros me aconchegar.

Como eu estava com saudades de escrever essas 
verdades bem minhas e apimentadas. 
A sutileza é boa quando bem-vinda!

Quarta-Feira. [4]

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O mais importante do bordado 
É o avesso.
O mais importante em mim
É o que eu não conheço
O que eu não conheço

O que de mim aparece
É o que dentro de mim Deus tece
Quando te espero chegar eu me enfeito, eu me enfeito
Jogo perfume no ar
Enfeito meu pensamento.

Às vezes quando te encontro
Eu mesma não me conheço
Descubro novos limites
Eu perco o endereço
É o segredo do ponto
O rendado do tempo
É como me foi passado o ensinamento.

Jorge Vercillo e J. Velloso


Uma outra parte da minha vida, descrita por outros nomes.

De verdade:

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Em casa hoje.


Como eu amo os sábados!
A falta de preocupação em acordar cedo no dia seguinte;
O brilho do sol que entra pela janela;
O canto dos pássaros no meu telhado.

Como eu, irrevogavelmente, acredito no sábado.
Em como tudo pode ficar tranquilo;
E no quanto as pessoas trocam sorrisos e olhares.

Meu sábado; eu tenho o direito de ter um só para mim.
E esse é o meu.
Presa em pensamentos e obsoleta nos devaneios futuros.

E como nos meus dias eu faço a programação,
Vou me deixar bem à vontade,
Vou matar a ansiedade e,
Deixar que o calor provoque marcas por exposição.

- Coisa velha esse texto.
Gente, gostaria de agradecer pelos selos, indicações e memes. Mas não sou muito fã dessas coisas e os últimos selos que ganhei já tenho postado aqui no blog.
Um ultra beijo - para a garota linda - do blog Pelo amor ou pela dor. Ela sempre foi fiel a este espaço.

Só um pedaço.

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Pela primeira vez em muito tempo tentei imaginar minha vida sem você. O rádio ligado tocando minhas músicas prediletas e de fossas; e você aí na Paraíba. Só por uma semana, eu sei. Mas a dor que deu em não poder te ver esses dias é paradoxal. Eu recuo quando perto, delimito o perímetro, imponho espaço. Mas é não ter você "aqui" - palpável - faz com que tudo que eu venho anulando desde o dia em que meti essa idéia de ir pra longe, venha à tona.
Tenho medo, confesso. Não o medo de te perder, e sim, o medo de perder quem somos e o que fomos juntos.
De perder a mim nesse tempo longe. Sim, leitores, essa baiana assumida está arrumando as malas. Partirei no dia 15 de Dezembro para o Distrito Federal. Farei a prova da UnB - Federal de Brasília - no dia 18. Já tenho prova de concurso agendado em fevereiro, curso de Webdesign e cursinho pré-vestibular (caso não passe na prova). Será um ano longo, pela falta das pessoas que amo, pelos novos desafios. Também será um ano produtivo pelo estudo diário.
Mas a verdade é que preciso disso. Desse tempo longe de tudo que conheço, dessa ausência que tenho dos pedaços meus que deixei por aí.
A ficha está caindo aos poucos; à cada dia que me permito me ver dentro do avião, a cada noite que não vou ouvir a sua voz do outro lado da linha, no msn ou ao vivo e a cores com o seu boa noite de voz cansada.
Demorei tanto para amar tanto assim... Eu volto, D! Nem que seja para te levar para junto de mim.

- É só um singelo desabafo. Se eu falasse tudo o que tenho engasgado, não sairia nada. A dor - a minha - é mais sentida do que falada.

Sebo nas canelas!

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É só falar sincero que todo mundo corre. Colocam os rabos entre as pernas e numa carreira, fogem da vista.
Me diverti à beça esses dias. Com as estatísticas, com o número de pessoas que passaram aqui e com as caras marcadas.
Foi culpa do medo? Receio? Não sabiam o que falar?
Talvez...
Mas a pergunta que não cala: o gato comeu vossas línguas?
Enquanto seu lobo-resposta não vem, eu vou continuar rindo da palhaçada que é a vida e dos seus integrantes.
Hoje eu só quero isso - mais nada!
...
E como dito-bem-dito por mim: É só falar verdades, que todo mundo corre.

Quarta-Feira. [3]

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Os sentimentos dizem respeito aos servos de olhos brancos que os escrevem. É difícil entendê-los, é verdade. A compreensão é flor que exala pouco na mente desprovida de imaginação. Entendiam-me, os mortais; mas sou deveras louca para falar ditado o que recito em versos. - Para a minha pequena Alice. Da sua amada, R. C. Souza.
O calavo Sim[N]ão.

Olhando bem, todos são iguais.
Há mais de amor fantasiado do que sentimento real. Escrevem eles a doçura do vento nos cabelos, da pele branca alva, do sorriso largo, dos banhos de chuva.
Vestem-se de sonhos azuis como as capas dos livros de histórias encantadas.
E o preto; onde fica? E a dor; onde dói? E as amarguras; onde tingem?
Estagnando o corpo, a mente corre.
Mas ser que é ser não absorve parado. Precisa-se mais do tormento, das incertezas, das injúrias, do pecado, do abraço que tatua o dorso para se fazer vivo.
E a carne; onde sacia? E o beijo; onde ecoa? E o espírito; onde habita?
Pesco aqui, bem dentro, o sorriso verdadeiro. O sorriso desdentado nascido de um ano, e aquele falho da sujeira injusta do tempo que lhe provoca a queda.
Tento, depois de tudo, reescrever o verbo que domina o cavalo, que figura livre à sombra do que antes era.
Cavalo sem chifre, porém incólume. Fera bestial que roça feroz à espreita de saída; armando para me deixar - por fim - sozinha.
Acalento-me então, na saudade. Nesse singelo querer de ter outro, nos passos em falso sobre o futuro.
Porque saudade é verdadeira, é real, é tangível. Não é mera odisséia de tolos mortais. Não é poder de transcender horizonte; é mais pra cá do coração do que pra lá da razão do que se julga sermos nós, seres amados.
Acabam-se as perguntas, expõem-se os defeitos. O que fica é o passado, as lembranças, e uma ruga na cara.
Coisas existentes, fatos noticiados, experiências concretas. Nada mais que o preto no branco; por cima - dentro - e por fora - agora; e é apenas sobre isso que eu pretendo falar.


- É a primeira vez que posto o mesmo texto (ao mesmo tempo) nos meus dois blogs; que sincronizo idéias tão distintas. Mas a verdade é que este escrito não me sai da cabeça e como na quarta eu posso tudo; postei-o aqui!
E por favor, só comente se tiver lido TODO o texto; eu não preciso de mais hipocrisia.

Atrasada.

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Sempre assim, atrasada.
Na vida, com os amigos; aqui em casa.


Indo para o CEFET agora. Na hora, né? Só queria agradecer o carinho de todos e dizer que tô sumidinha esses dias, mas como eu tinha prometido, já respondi todos os comentários pendentes. Vi que vocês gostaram bastante do poema [Julieta e Romeu]... Se eu contasse como ele foi feito... Enfim, resenha para um post futuro. Beijos e Queijos milamores e até mais tarde com o "Quadro" Quarta-Feira. >>>> GO!

Quase.

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Ligeiramente irracional aquele momento; o choro incontido molhando o rosto.
Dez milhões de pensamentos por segundo e nenhum coerente.
Uma tentativa frustrada de respirar e sarar a dor. Um peso no peito entalando a voz.
Alguém ao lado fingindo ser forte; rasgando a certeza que ainda resta.
Açoitando a minha bolha frágil, desiludindo meus planos.
E por mais machucado que tivesse, por mais vontade de gritar que eu sentisse, naquele momento o que mais importou foi ainda te ter perto.

- Bem texto de adolescente de 15 anos, 
mas foi o melhor que eu pude fazer agora.

Shakespeare - ando. [Julieta e Romeu]

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Aqui, quero velar meu corpo brando,
Ferido dos teus beijos abrasivos.
Corrompido pela doçura da tua carne lassa.

Aqui, quero pôr o berço da alma
Junto ao colossal saber supremo,
Que deleita os olhos nas profundezas da vida.

Contigo quero deitar meu corpo.
Tributo ao imenso amor terreno,
Junto aos olhos profundos;
Berço do âmago pequeno.

- Texto adaptado. Com repetições, sem falhas.
{gente, o título é só uma coisa
que eu conversava com uns
amigos, mas o poema é de
autoria totalmente minha.}

Quarta-Feira. [2]

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Mente nos pés e plumas na cabeça.

Cansei-me da melancolia!
Joguei as roupas pela janela, calcei as sandália nos pés.
Catei as moedas, a chave e o par de brincos sobre a mesa.
E vesti a primeira peça branca limpa.
E coloquei aquele colar brega de perólas.
E fui toda sorriso no rosto,
Molejo no corpo,
E nada na mente.
Apenas eu no fusca rosa,
Violão no banco ao lado e
O menino dos meus sonhos a esperar no mar.

- Nada melhor do que cumprir promessas!
Gostaram do meu terceiro texto de Quarta?

Arquivo Morto.

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Eu preciso selar a boca! Chega de falar de mim, chega de inventar desculpas; explicações para tanta inconveniência, alternativas para a falta de prática.
Eu preciso engolir a língua! Provar do veneno que queima outros corpos; infligir-me a dor de outros.
Arrancar da memória o passado que, involuntariamente, circula nas veias. Resgatar a timidez dos meus olhos, a doçura dos lábios e o encantador modo de agir.
Todas as mudanças foram necessárias. Todas as capas já estão gastas agora. Não sobrou nada além da roupa imperfeita de ser eu.
Eu preciso expulsar essa sensação ruim do meu estômago: essa inquietação pra lá de grilos pulando; e as borboletas, coitadas?! Ficaram todas presas na garganta, nem abaixo nem acima.
Eu sei que sou confusa, só não sabia que era tão indecisa... Mas tudo acontece rápido, e vejo que no cardápio do almoço será servido o meu "cérebro à batedeira".
Eu preciso serrar os dentes. Conter a língua, tapar a voz, zipar a boca. Revelar menos do que sou por atuação; buscando encontrar a doçura que um dia eu tive como as belas flores do campo.
- Se eu não sou mais "adorável", não fico triste. Alegro-me na lembrança de que eu já soube ser.


- Eu sei exatamante quais são os defeitos que sustentam meu edifício inteiro.
{Reflexões da madrugada}

Dobra-diça.

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Hoje eu vou dormir invejosa;
Mesquinha;
Vulgar.
Para acordar um ser bondoso,
De alma pura;
Sem pecados.


Dobra a Diça, a Diça dobra e do dobro se 
faz a peça das chapas que unem o metal:
- Dobradiça!
Estou devendo responder aos comentários; só que não vou fazer isso tão cedo. Tenho fobia de fazer coisas mal feitas. Responderei tudo com calma, saboreando a escrita particular e agradecendo a paciência para com a minha pessoa. Responderei, isso é tudo! No mais... Uma boa noite, bons pensamentos e bons sonhos - a arte está em fazer graça com o simples. Beijocas!

Quarta-Feira. [1]

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Como prometido, hoje eu abro [oficialmente] a nova temática aqui do blog: os Pequenos Textos. Quem está comigo desde a criação do About My Truth, sabe que eu venho escrevendo Pequenos Contos e um deles é o conto Permanente. Só que dei um tempo, mudei um pouco a minha forma de escrever e reorganizei as prioridades. O Conto Permanente ficará sem os capítulos finais por tempo indeterminado e quando eu resolver terminá-lo, postarei tudo em um site apropriado. Deixarei o link para que vocês possam terminar a leitura. Só não vou excluí-lo daqui porque uma amiga pediu para que eu não o fizesse. Não fiquei chateada com nada, gente. Apenas dei um tempo nele para que a história ficasse original e não mais uma cópia de livros sobre vampiros. A idéia de escrever esses minis textos surgiu da necessidade de deixar este passo mais pessoal (não que ele já não seja). Mas há pessoas, músicas, citações de livros, diálogos, poemas, autores, filmes e uma série de coisas que fazem parte do meu universo e me ajudam na composição da minha história e da minha escrita. Negligenciei esses dados até agora, mas estou me redimindo. Espero que haja algumas familiaridades com vocês; mas não se espantem: eu sou estranha em tudo e não nego. Um beijo caloroso como o verão, R.C. Souza.
Então, vamos lá:

Boneca,

De pano que se move aonde quer;
Boneca,
Que faz qualquer um fazer o que disser!
Boneca forte, decidida,
Boneca crescida,
Boneca mulher;
Sapeca, Boneca, Rebeca... 
Mas não uma boneca qualquer!

{We-It}
"Para: Rebeca Cristina
01 de Abril de 2009
Biblioteca do CEFET (IFBA)
De: Carla Jane Coelho"

Presente Passado. [2]

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A casa da avó se conserva da mesma forma. Os tijolinhos de barro, o muro de reboco agreste, o telhado vermelho.
Apresenta-se aos olhos da criança adulta com o cheirinho de pão no forno, café quente no bule e biscoitos no pote sobre a mesa.
E a menina entra. Lembra da infância bem vivida, das canções de ninar e dos amigos gatos e cães com quem dividia o último pedaço do seu bolo favorito sabor limão.
Limpa os pés no tapete bordado que sua avó fez muitos anos antes dela nascer e respira fundo o ar de estar novamente em seu lar.
Sim, seu. O lar dela, as memórias dela e tantas outras espertezas, saberes e malcriações de ser filha única.
Recorda o tempo em que era alegre sentar na varanda, tomar banho de chuva, subir em árvore e nadar no rio.
Volta ao passado que ali é tão presente que nem se vê a hora passar, e fica.
Fica lá; onde tudo foi fácil, gostoso e cheio de expectativas. Permanece intocada no seu lugar sagrado.
Encontra na sala os porta-retratos enfeitados com o biscuit do seu primeiro trabalho artístico na escola. Percorre com os dedos e olhos, e sentidos (os outros) bem abertos e se deixa devanear entre quem foi, quem é e o que fará dela mesma a partir dalí.
Encontra-se logo então. Não do jeito que gostaria; não como a planilha preparada posta na bolsa.
Encontra-se no olhar acolhedor da avó, no olhar que perdoa tudo e tudo sara. No olhar que alimenta alma sedenta de consolo materno. E chora o choro preso na garganta. O choro que não chorou quando precisou dizer "adeus" a pessoa mais amada: sua avó querida.
E se arrepende, e pede desculpas e chora mais e mais.
A avó compreende, é claro. Mas fica quieta permitindo a neta diga àquilo que deveria ter sido tido, mas que não encontrou forças em si para romper a sela que é a boca.
Come um pedaço do pão ainda quente, acalma os ânimos com uma boa xícara de café levemente adocicado e volta ao quintal onde experimentou o prazer de se ter uma mente fértil. Lugar em que virava princesa, sereia e até o diabo, mas raramente ela brincava de diabo; só quando queria cometer pecado.
E sorri para o Pedro, o filhote mais novo de uma ninhada de seis gatos. O Pedro... E sorri outra vez. 
Ela adorava dar banhos gelados no Pedro apenas por judiação, para satisfazer a fúria infantil que é ver bicho sofrendo. Agora o Pedro é uma bola de pêlo, gordo e manhoso passeando entre as pernas de quem quer que seja. E sorri. E como sorri na casa da avó. E como se sente protegida na casa da avó, e como ela mesma é melhor pessoa estando lá. Sua avó amada...
E sorri internamente o maior e espetacular sorriso: o de quem faz algo errado e gosta do mal feito.
E lá está, no canto mais afastado depois das belas flores, a caixa sob a qual jaz o cágado. O animal que ainda lhe provoca repulsa e o qual ela não sentiu nenhuma dor da morte morrida e vida matada por ela.
E volta aos braços da avó com um sorriso enorme na cara.
- O que foi Bia?
- Nada não vó, lembrei-me do Guh, apenas.
- O cágado?
- Esse mesmo.
- Afinal, você sabe como ele morreu?
- Não. Eu só sei onde ele foi enterrado.


Esse texto já havia sido postado no Insensatez. Mas lendo ele essa noite, eu percebi o quanto algumas recordações da minha infância são sublimes e o quanto eu escrevo "torto"... Eu escrevi esse texto para o blog da minha prima, o Meu Diário.com; mas este já está inativo há muito tempo. Prometi postar textos que são de outras partes da minha vida e de outras pessoas às quartas... Mas vai assim na segunda/terça mesmo. Na quarta eu postarei um poema fofinho que a Carla fez para mim em 2008/2009. Kisses, Baby's!


Abrindo Olhos.

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É incrível como cada amanhecer me traz uma sensação nova. Como se fosse um novo despertar, um abrir olhos pela primeira vez.
Nada permanece como na noite anterior; nem quarto nem 
mobilha.
Acho graça, sinceramente, ao lembrar que antes de dormir fiquei implorando para que você viesse velar meu sono.
Para que estivesse ao meu lado e que fosse o seu calor, e não a coberta, a proteger meu corpo do frio.
Acho graça também por ser tão menina... Isso pode parecer estranho, mas não é!
Viro 
menininha inocente quando seus lábios tocam os meus e quando sua mão repousa em minha cintura.
E acho mais graça ainda por saber que você consegue ser mais inocente. Tenho certeza que se fosse um outro rapaz, arrancaria-me as roupas e o juízo, e os 
atos eu já não poderia prever.
E me dou a rir disso. De saber que poderia me ter da maneira que outros desejam, mas prefere me ter de um jeito único e sincero. De um jeito 
espetacular!

Porque para você o importante não é conquistar tudo e sim, conquistar o território devagar. Saboreandomilimetrando.
Como eu disse, é incrível quando eu acordo em plena segunda-feira, cheia de aulas no colégio e resolvo ficar em casa por uma desculpa qualquer.

Afinal, são nessas horas de permanecer inerte na cama, que entrego em palavras o meu melhor pensamento.
Pessoas queridas, eu tenho tantos textos soltos e tantas coisas que eu faço para primeiros, segundo e terceiros que seria uma falta para com vocês não postá-los. São textos malucos, confesso. Outros fogem às convencionas estruturas gramaticais e outros, são ousados na ortografia. Deixando-me livre para arriscar em determinadas palavras. Minha proposta é postar, uma vez por semana [talvez às quartas], um desses textos. Não sei se irão gostar, mas... Para abrir essa nova faceta minha, entrego hoje o "Abrindo Olhos". Leiam com carinho e podem achar graça porque eu sempre sorrio com ele. Ps: não esqueçam de ler a postagem anterior a essa. É uma boa forma de vocês conhecerem a pessoa que vos escreve. :)

Primeira Pessoa.

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Olho a moça de cara larga nos olhos.
Ela não sorri, não chora, não sente.
Na minha ânsia de saber mais sobre ela
Vou dando, aos poucos, pedaços castanhos da minha pupila negra.

Ela fixa os olhos num ponto que desconheço
Sugando o meio sorriso forjado na minha face.
Enquanto dela eu nada consigo ler,
Através daqueles olhos que devoram almas.

Deixo que ela permaneça no seu exercício
Em minha tentativa frustrada de esconder meu conteúdo.
E quanto mais dentro de mim encarcero os pensamentos,
Mais flui para ela o objeto obscuro da mente.

Olho a moça de cara larga nos olhos.
Ela não sorri, não chora; ela gargalha.
Na minha ânsia de saber mais sobre ela
Fui dando, aos poucos, o que dela eu desejava arrancar.


- Estava pronto! Eles foram testemunhas da minha insanidade e da euforia que me tomou depois. Não sei explicar o que dá, às vezes, na minha cabeça; mas sei que sou apenas o instrumento. O resto de mim... Bem, ainda estou tentando descobrir!

Textos em primeira pessoa são assim:
 Mais Rebeca do que qualquer outra.

Você acredita?

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Não serei apenas coerente; serei tudo que sou e penso, na minha forma peculiar de escrever. Se são opiniões minhas eu não sou capaz dizer, mas é aquilo que vejo, sinto e ouço vez ou outra quando me permito ser acessível. Porque eu, caro leitores, não sou uma pessoa fácil e Ele, bem sabe disso!

É difícil ser cético neste planeta.
Se pararmos para analisar todas as forças que nos compõem, se relacionarmos física, química e biologia perceberemos que há uma existência maior que a nossa; Soberana.
Há os que acreditam em evolução, há também os que acreditam que somos a massa total resultante de uma explosão, de poeira cósmica.
Mas você já olhou o céu hoje? Já sentiu o calor do Sol aquecer sua pele? Já se deixou vagar pelo inconsciente enquanto tomava seu café da manhã?
Poucas são as pessoas que se permitem; que entregam um horário de suas agendas lotadas a experimentar os cheiros, as formas, cores e sons.

Tenho costume, como um hábito, deliciar-me com os sentidos. Todos eles.
E digo a vocês: todas essas teorias são bobagens. Não consigo imaginar este planeta surgindo de poeira acumulada pelo tempo. Muito menos nos ver evoluindo dos homo sapiens.
O homem é tão complexo que se torna um paradoxo; uma luta constante entre o Real e o Absurdo.
Acredito também que o ser humano é a mais arrogante das criaturas, a mais presunçosa e, em minha opinião, a mais ignorante. Pior, a única espécie realmente irracional.
Possuímos todas as ferramentas necessárias para realizar qualquer "ação" que o cérebro seja capaz de coordenar e pôr em prática, diferindo-nos dos outros animais. Temos todo o conhecimento para vivermos pacificamente e em contradição, preferimos guerras. E esta é a malignidade dos homens!

Não acredito em predestinação e em nenhum outro pressuposto que nos coloque em condição. Nascemos livres. Só que não percebemos. O sistema ao qual estamos inseridos cria prisões a todo instante e o "nascer" não está isento e, mesmo com todo nosso poder intelectual, aderimos subservientes.
Falta-nos então, a razão e a capacidade de enxergar através das muralhas de vidro duplo que é o ego.
Voltando ao paradoxo, somos os únicos a destruir o local onde vivemos. O planeta é consumido voraz e impiedosamente. O que deixa o fato imperceptível à maioria das pessoas, tornando-o parte da rotina. Poucos são os que o percebem.
Mas você já olhou o céu hoje? Talvez não haja mais céu, pensou nisso?
Viu a magnitude da nossa Estrela de quinta grandeza? O quanto o Sol ainda brilha poderoso?
Ah, o Sol... Este é outro paradoxo, mas vou deixá-lo para um devaneio futuro.
Mesmo que eu quisesse, não seria capaz de citar cada impulso elétrico por milésimo de segundo que estou tendo enquanto olho pela porta aberta de casa, vendo o céu enquanto escrevo...

No que você acredita?
Antes de responder a si, olhe! Saia da sua bolha! Abra as janelas, respire ar fresco, sinta o vento em seus cabelos. Ande um pouco, sente em um banco de praça, observe os pais brincando com seus filhos. Absorva o amor que emana dos casais, a inocência das crianças, a sabedoria dos idosos.
Corra se estiver com frio! Grite quando a angústia apertar seu perito! Pule! Descubra-se! Depois volte para casa, coma um pouco, beba água, ouça música, analise toda a tecnologia ao redor. E lá para o final da tarde, pertinho do crepúsculo, saia à procura de uma grama verde e macia. Deite, feche os olhos, respire fundo; o mais fundo que puder. Conte até 10 e abra os olhos. Olhe o céu. Provavelmente você verá pássaros voando: observe-os. O movimento, a perfeição das asas, a intimidade com o ar.

Por fim, depois que o Sol se for e no céu restar poucos vestígios de cor, você estará pronto para levantar. Será capaz de se dar uma resposta; de merecer uma resposta.
Quanto a mim, eu acredito numa força suprema, num ser maior que tudo. Sendo assim, acredito em milagres.
Se os milagres existem, por quê não, Deus?


[Texto adaptado e nos padrões do Novo Acordo Gramatical]

Ninguém ri de Deus em um hospital. Ninguém ri de Deus em uma guerra.
Ninguém está rindo de Deus quando perde tudo o que tem e não sabe pra quê.
Ninguém ri de Deus no dia em que eles notam que estão vendo a última coisa que vão ver que
é um par odioso de olhos.
Ninguém está rindo de Deus quando dizem "adeus".
Mas Deus pode ser engraçado em um coquetel quando você ouve uma tremenda piada sobre Ele
Ou quando os loucos dizem que Ele nos odeia.
E eles estão com o rosto tão vermelho que você acha que eles vão engasgar.
Deus pode ser engraçado quando dizem que Ele pode te dar muito dinheiro se você orar do jeito certo.
E quando Ele parece um gênio que faz mágica como o Houdini ou concede desejos como o Grilo Falante e o Papai Noel.
Deus pode ser tão hilário! - Regina Spektor - Laughing With.



Do lado de fora.

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- Você vai entrar ou, ficar aí parado?
- Parado, por quê?
- Está chuviscando...
- Por isso estou aqui!
- Pra pegar um resfriado?
- Não, para beijar você!

*S M A C K*

Inventando Moda.

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Hoje eu estou toda beijos, sorrisos, mãos e trejeitos.
Toda serelé-pom-pom;
menininha besta.

Hoje eu estou toda novidade, toda mente no espaço.
Toda senhora cortesia;
cheia de pés no asfalto.

Hoje eu estou fora de mim, fora de quem sem além!
Toda distribuindo olhos de poço raso e
vivendo gostoso de forma irracional.

- Quando o café chega na corrente sanguínea é isso que dá.

Chatices à parte.

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Eita menino chato
Que fica todo enjoado
Quando não me vê.

Eita menino chato
Que fecha a cara e faz bico
Quando não dou atenção.

Eita menino chato
Que resmunga baixinho
Quando não tem um beijo meu.

Eita menino chato
Que de tanta chatice que tem,
Deixa menos chato o meu coração.

Para o chato, emburrado; namorado meu...

Correspondência antiga.

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Salvador, 26 de Outubro de 2010.

Caro T.,

Algumas palavras não foram criadas para brincar na boca dos homens; não deveriam ser pensadas e não podem ser pronunciadas.
Se fôssemos sábios, algumas palavras ficariam presas em seus verbos, em suas terminações imperfeitas ar, er, ir.
Sempre no futuro, inalcançáveis por serem individuais. Não todas as palavras obviamente, só algumas.
Àquelas palavras infiéis, dolorosas, mentirosas, ilusórias; palavras enraizadas no coração tolo que não gera semente fértil capaz de fincar o coração do outro à mesma terra.
Vai parecer estranho, depois de tanto tempo, você ler isso. Não sou corajosa, nunca fui. Guardei em mim um amor maior do que eu podia suportar.
Tentei rabiscar-lhe palavras honestas, mas a tentativa não passou de um querer leviano, como agora...
Toda a gramática é ingênua, menino. Infantil perante a cobiça dos meus olhos, cheia de meninices sobre a face das nossas conversas.
Demorei a entender que este amor permaneceria, para sempre, com a locutora. Não culpo o meio usado tão pouco, à distância.
Era as minhas armas, a minha chance, o canal que me ligava a você; e eu os usei como e até quando pude.
Machucou, é verdade. E continua ardendo feito ferida mal cicatrizada. Olhar-te, mesmo de longe, sabendo que os seus lábios são de outras que te amam menos, é enlouquecedor.
Platônico, esse amor que tenho. Apenas meu.
Talvez um beijo cure o que eu sinto ou talvez, o tapa nunca dado na tua face por amar a minha melhor amiga.

Da engenheira que  não cursa Elétrica.
Para o garoto que ama sorvete de flocos e futebol com os amigos.

OFF!

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Gente, eu estava aproveitando meu final de semana numa praia maravilhosa. Não preparei nenhum texto, não rabisquei nada. Estou tão feliz que malmente caibo em mim. Em breve trarei novidades em textos. Quero agradecer o carinho de todos e cada comentário. Responderei assim que possível. Por enquanto vou aproveitar cada alegria das células do meu corpo e deixar brilhar mais forte a luz dos meus olhos. Beijos seus lindos.  [Fiukando: Eu amo vocês! haha]

Cortado e ingerido.

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Saibam apenas que algumas coisas existem e outras coexistem. Que pessoas amam e outras amam absurdo; que algumas ferem passageiro e, outras ferem pra durar. Que pessoas são parecidas com outras pessoas, que pessoas querem ser iguais a todo mundo e que pessoas são [algumas] singulares até nas similaridades.

- Eu não sei fazer piada com a dor, muito menos com a minha.
{Fragmento adaptado do texto "Segunda é dia de feira? para o blog Insensatez.}

Choro e Riso.

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Eu abro os olhos pela manhã e vejo você dormindo, sorridente, despreocupado.
Contemplo a sua face, admiro teus cílios longos que são engraçados em um rosto tão masculino; o contorno perfeito dos lábios, a cor da tua pele branca contrastando com a minha pele morena e involuntariamente, me vejo brincando com os dedos em cima da tua cicatriz na base da sobrancelha, herança das tuas travessuras de criança.
Fico em paz! Por ter-te comigo e por achar alguém com um nariz igual ao meu.
Não pergunte os motivos dessa necessidade que tenho em arrumar as malas e partir para longe. Às vezes desconheço a causa do que me faz agir assim, mas nós dois sabemos que não fui feita para grilhões, algemas, amarras...
Pisco para escorrer as lágrimas que mancharam teu rosto e te beijo. Você continua dormindo e eu não consigo desviar o olhar; não consigo parar de agradecer àquele dia 22 de outubro onde você quase me beijou no corredor da escola me fazendo ficar com raiva por ter me deixado na vontade de te beijar. Lembro com o coração crepitando você deitado no meu colo conversando coisas que eu nem sei dizer agora, apenas para me manter ali, ao alcance.
E foi nessa tangência, aos olhos distraídos dos espectadores, que finalmente você beijou a garota; a sua namorada. E tem dado, desde então, toda a sua reserva de sentimentos.
Você ainda sorri, e agora eu choro de alegria e amor; você ainda fica sério quando eu fico quieta e ainda leva susto quando eu te agarro nos momentos mais improváveis.
Somos diferentes! Esse é o tempero misterioso da nossa "cozinha".
Que outro rapaz agüentaria minha rispidez, raiva, medo e carência sem perder a calma?


- Eu te amo, meu rapaz. E esse é só o primeiro de muitos anos que temos para viver juntos.
{Texto ao som de Amber - 311 e Regina Spektor - On The Radio}

O vocabulário da vogal " i "

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Pensei em avisá-lo, mas achei melhor que ele mesmo descobrisse. Abri caminho para a novidade e ele entrou sem pedir licença; entrou tão grosseiramente, que nem bateu na porta e quando dei por mim, já era tarde.

O amor é iludível e ilídimo.
Passional quando o sentimento é ínclito; incompreendido quando parte de uma alma solitária.
Há pessoas incólumes às palpitações descompassadas características do coração dos mortais.
Há seres ígneos por natureza. Provam do amor como se este fosse iguaria de restaurante chique, mas são ignorantes. São superficiais e indelicados com o substantivo em questão.
O amor é iluminador, iletrado, imaculado, ilusionista, imbecil e impassível. Sensível, às vezes. Infiel por determinado tempo.
É imparcial a depender do homem; impecável aos olhos das mulheres.
O amor é também imigrante e impopular. Ora apresenta-se implícito, ora é deveras impetuoso.
É obra inédita no ser juvenil; inequívoco.
Não pode ser indivisível, muito menos infeliz.
É inegável a complexidade do amor e dentre todas as vertentes, juntando todos os seus desdobramentos, eu tenho como verdade incontestável: o amor indolente é desnecessário e o amor sincero, insubmisso.
- O amor é sempre sublime para os que o enxergam, para os que acreditam e para aqueles que sabem viver o momento intensamente. É maldoso quando egoísta...
- Guarde as minhas palavras seu moço, para amanhã ou depois você não dizer que eu não avisei.


Alice, esse conto é bem diferente daqueles que você costuma ler. É a minha marca pessoal, a minha forma de contribuir. Não sei seguir padrões, mas também não vou fugir às suas regras. Espero que tenha visto nele o mesmo que eu: uma história de ensinamentos. Beijos e Queijos.

Não ter.

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Caro rapaz,

Tenho estado sem palavras. Palavras para descrever o quão doloroso é o meu mundo.
Já rasguei tuas cartas, já joguei fora os teus cd’s e tirei da estante todos os porta-retratos com as tuas fotos; nossas fotos.
Amarrei o cabelo, roí as unhas, apaguei a tatuagem. Só para te afrontar, apenas para te ofender; para te trazer de volta... Mas sou incapaz.
Tenho estado calma. Essa minha letargia incomoda o meu novo rapaz, mas o que fazer? Toda a inquietação em mim saiu vida afora pela porta dos fundos com você. Traiçoeiro como o vento marítimo, imprevisível como a onda do mar assim tu és. Inescrupuloso; e toda essa distância, essa falta e essa dor, mastigam minha língua ferida pelo meu veneno letal.
Tenho estado sem estado. De espírito, de endereço; sem sobrenome.
Presa na própria teia que construí. Forçada a seguir por caminhos que não são meus.
Guardando comigo os dias de amor, as lembranças das conversas, a cadeira de balanço no sótão que foi herança do seu pai e as duas peças de roupa sua no armário.
Tenho, portanto, o que restou: esta carta. Escrita nas sombras verbais, composta pelas lágrimas que regam as flores ainda meninas, do agora meu jardim. Flores que crescem inocentes do que um dia você foi; serão pois enfeites do teu túmulo.
- Até hoje eu só perdi uma luta: contra a morte.

Para o amor que foi embora antes de me fazer existir.

Os outros.

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Já conheci muita gente, gostei de alguns garotos. Mas depois de você, os outros são os outros.
Ninguém pode acreditar, a gente separado; eu tenho mil amigos mas você foi o meu melhor namorado.
Procuro evitar comparações entre flores e declarações; eu tento te esquecer.
A minha vida continua, mas é certo que eu seria sempre sua. Quem pode me entender?

Depois de você, os outros são os outros e só.
São tantas noites em restaurantes; amores sem ciúme. Eu sei bem mais do que antes...
Sobre mãos, bocas e perfumes. Eu não consigo achar normal meninas do seu lado.

Eu sei que não merecem mais que um cinema com meu melhor namorado.
Leoni.
Eu quero agradecer a todos os meus seguidores por me ajudarem a chegar até aqui. Estou com 108 *-* e a cada dia mais pessoas conhecem o meu trabalho. Comentem, deixem os links dos seus blogs, mandem nem que seja, um sinal de fumaça. Para que assim, eu possa retribuir o mesmo carinho com que tenho sido tratada. Gostaria de agradecer à Barbarah Serrano do blog Noor dos Olhos pelo selinho. Sou apaixonada pelo Leoni, só para constar. Beijos a todos.

Protótipo.

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Camaçari, 07 de Outubro de 2010. 
"O meu mês da verdade de Deus."

Olho a borboleta estampada no lençol da cama e penso nas cores dos dias de sol da cidade de ponte baixa e orla de água doce, marola de rio.
Vejo sobre a cama o perdão que nunca tive das injúrias que professei ao céu e dos meus atos pecaminosamente carnais, estendido igual à coberta macia, sob minhas pernas, com cheiro de flores silvestres do amaciante que minha mãe usa.
Arrepender-me das loucuras com paixão e sofrer pelo mal que fiz bem feito será lembrança vaga de uma ação que existiu, por 2 segundos, na memória; sem o devido tempo-espaço de consumir o coração dormente.
Sinto-me honrada mesmo assim. Até quando não permito que os dizeres abençoados do Criador encontrem eco na minha garganta. Até quando não me prostro em martírio eterno por ser leviana.
Ah, menina; sei que compreendes. Tu que assim como eu, enfrenta os teus próprios demônios vestidos de anjos todos os dias.
Não queria me meter com as cordialidades do nosso mundo globalizado, mas ter-te perto enfeitando a tela da minha janela, é bom demais da conta. E sei que em matéria de pecado social andamos juntas.
O teu se dá no amor diferente, e o meu, na solidão dos passos; passos ritmados emparedados por artérias.
Se cartas precisam de selos, essa ficará oculta pelas folhas intactas deste meu mundo alienado. Mantendo a rasura que é marca natural da personagem cuspideira de verbos.
E se carta, esta aqui, não for; selarei os versos com atestado estadual, ansiando o brilho dos teus olhos fundos ao contemplar a força imperativa dos desejos que devoram os dedos corrompidos.


- O perdão vem de Deus e o arrependimento procede do homem. Mas quando não há esse entendimento, é obra de quem? Do diabo?

{Sem destinatário. Fica para os que, assim como eu, 
desentendem-se com o perdão e o arrependimento.}

Complicações.

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"A mente domina a matéria"? - Nem sempre!

Metaforicamente falando, sinto apenas o que vejo.
O calor jovial das crianças que brincam tranqüilas no quintal de casa.
O amor do casal maduro; sobreviventes da banalidade sentimental desse nosso mundo globalizado.
A alegria da mãe passiva, atenciosa ao banhar a cria num dos tantos braços do rio.
Metaforicamente pensando, eu sei ser livre.
Como as moças fogosas que se entregam em paixão descontrolada.
Como o beijo que não escolhe sol nem chuva.
Como os gatos; seres de várias casas, e um só lar.
Ironicamente falando, eu perco o contato.
Deixo os de perto fadados ao meu tempo.
Deixo as responsabilidades pessoais debaixo do tapete do quarto; que apenas é visível para mim.
E o menino do meu coração a dez passos de distância da minha vida.
Ironicamente pensando, eu conheço as falhas.
As minhas, é claro! E a do próximo, também.
Ter um olho dentro de si e o outro no mundo esgota; faltará sempre o interesse na visão que leva a dor...
Uma mulher na idade, nos pensamentos e na fala, entretanto, vive a gritar ao léu a mocidade que não possui.
Pensa que engana o diabo, mas o diabo não é o que se vê refletido no espelho?
Verdadeiramente falando, eu sou louca.
A loucura é o doce do pote de vidro que mais gosto.
O melaço que deixa sujo esse meu canto profundo da boca.
O eterno teor alcoólico do vinho da ceia.
E verdadeiramente pensando, eu já não sinto o que sentia.
Em conteúdo.
Em prazeres.
Em amor.
Em essência.
Nas vivências.
Na mente;
Pelo espírito.


- A loucura que purifica o hálito, sem bastar, em si mesma.
{A própria foto é link do Weit.}

Estação da Lapa.

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Eu vi o menino sentado na velha estação da Lapa,
 cabelo colado no rosto e as lágrimas que escorriam sem pena, 
tingidas de preto. 

Ele me encarou assustado, 
sugando a minha paz, meu amor, meus sonhos. 

Abriu ferida em brasa nessa alma lassa,
 que já não sabia dizer os trens que seguiram viagem, 
as horas do dia, a época do ano; pior, 
eu já não sei dizer quem sou desde então.


Rebeca C. Souza

Woodstock.

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A Kombi verde horrorosa dele esperava estacionada na porta do prédio. Uns 50 anos de uso, carburador furado, bancos gastos agora na cor bege lembrando vagamente a tonalidade marrom, que outrora, deram vida ao interior daquele carro.
A bagagem havia sido arrumada cuidadosamente na quarta-feira, dois dias antes dela precisar partir. O gato de estimação foi deixado aos cuidados da vizinha Maria Lúcia e com o porteiro, a responsabilidade de manter viva a sua samambaia da sorte. Não sabia para onde ele a levaria, não imaginava o que era a tal surpresa.
Abriu a porta logo após as três batidas costumeiras, deu-lhe um beijo no queixo, entrelaçou sua mão direita na mão esquerda do rapaz amado levando consigo a mochila presa no ombro enquanto ele carregava a mala, agora pesada, de viagem.
O elevador sacudiu um pouco, rangeu e seguiu em sua normalidade para o térreo. Conversaram sobre o dia que passaram longe um do outro até aquele momento, o que fizeram logo após os beijos dados ainda em frente a porta do apartamento dela; amenidades...
Ele girou a chave na ignição fazendo o motor roncar alto expulsando uma fumaça preta que encheu, por um minuto, a visão dos dois passageiros despreocupados que sorriam um sorriso quase sem graça da poluição ambiental causada pela Kombi velha.
Deram ali seu primeiro beijo, tiveram ali sua primeira noite de amor; nenhum outro carro os teria feito tão bem apesar das circunstâncias atuais. O moço soltou o freio de mão, afrouxou o pé na embreagem seguindo rumo ao litoral.
Ana delirava com o mar, as ondas quebrando na borda do Atlântico, as várias tonalidades do verde já se misturado ao azul e por estar ao lado do homem que lhe roubava o fôlego apenas com uma piscada de olhos. Delirava com o quanto a pele dele poderia ficar mais nítida a cada novo gradiente de cores dos raios quase findos do sol. Extasiava-se com a mudança daqueles olhos castanho-escuros para os poços rasos de um mel avelã.
Desabotoou um pouco a camiseta permitindo que o vento quente que soprava pela janela aberta em seu rosto fosse o seu alerta para a vida, se morresse ali com ele ao lado e todo o litoral ao alcance; morreria feliz.
Agora entendia o motivo da mochila de Camping, a barraca, o colchão de ar. Ele estava pagando a sua primeira promessa: acampamento; e pelo visto, com juros e correção monetária.
Marcos parou a Kombi 1960 entre os coqueiros baixos, estendeu a esteira de palha sobre a vegetação rasteira, armou a barraca, prendeu a rede.
Deitaram enroscados na rede na velha praia Woodstock, próximos a um punhado de casais, como eles.
Todos permaneceram contemplando a grandeza do pôr-do-sol dos fins de tarde de verão, menos o nosso casal. Eles permaneceram imóveis por muito tempo, protegidos pelo invólucro do amor eterno.


- Eles ainda eram crianças quando se olharam pela primeira vez.
 
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