Eu vi o menino sentado na velha estação da Lapa,
cabelo colado no rosto e as lágrimas que escorriam sem pena,
tingidas de preto.
Ele me encarou assustado,
sugando a minha paz, meu amor, meus sonhos.
Abriu ferida em brasa nessa alma lassa,
que já não sabia dizer os trens que seguiram viagem,
as horas do dia, a época do ano; pior,
eu já não sei dizer quem sou desde então.
Rebeca C. Souza
11 Comentários:
Nossa. Simplesmente maravilhoso. Como, deus, COMO posso ter palavras para descrever esse texto? E o final, então! A pessoa esquecendo de quem é, desde que conheceu alguém, me deixou tipo chocada. Mas foi simplesmente apaixonante. Amei aqui, maravilhoso! *-*
vai atrás dele e quem sabe ele possa te dizer quem és ;]
beijas, linda :*
Bem profundo, seu texto!
Você escreve super bem, li os outros textos aqui!
Parabéns!
http://falando-peloscotovelos.blogspot.com/
ler todo o blog, muito bom
Que lindo *-* to te acompanhando sempre viiiiiiiiu ?
amo teus textos.
Vocês são uns amores... nem era isso que eu queria dizer, mas adoro quando a interpretação de vocês vai além da minha!
Nossa, adorei!
;*
Não sei como comentar, mas enfim, fico bem legal, seja lá qual for o que você quis dizer nele, eu gostei *o* HAHAH'
http://mudandopordentro.blogspot.com
Olá dona Bell, seu texto[conto], me tocou profundamente. Porque vier humanamente é isso mesmo, ter toda a nossa paz, sossego, sonhos, identidade própria tirada quando nos deparamos com a tristeza/angústia/inquietação/necessidade ou seja lá o que for que alguém nos revela como dependência.
Quando somos humanos com toda a nossa essência humana, sentimos o outro e nos esquecemos até de nós.
Sinto assim.
Muito bem escrito e incrívelmente bem desenhadas todas as cenas e imagens da estação da vida que você pintou.
Beijos
Ai Tati, você chegou lá, no ponto exato do texto. ! Beijos enormes e muito obrigada a todos.
Obrigada querida, pela sua generosidade com os meus textos. Para que eu acesse seu espaço com mais facilidade, vou relacioná-lo na minha lista de blogs amigos.
Um grande beijo, Ana
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