Ocorreu-me.

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Até o silêncio me é revelador de alguma forma. Sinto falta de quando o silêncio era apenas o silêncio e nada dele se podia retirar. Agora, entretanto, é preciso entregar meu corpo, mente e espírito a um nível insuportável da mais profunda quietude para que sobre mim repouse a mais completa ausência de sentidos.
Ruidosos são os sons que a mente faz em busca do sincero entendimento e ruidosos são os sons do corpo que não se contenta apenas com o rubor da pele em dias de verão. O espírito, que tanto se alegra, não consegue guardar para si seu descompasso e tudo passa sem que eu tome nota da verdadeira mudança que em mim ocorre.
Seria então necessário antever o descarrilhar das horas ou me fixar somente a estes audíveis barulhinhos que se dão em contemplar de olhos bem abertos o nascer da manhã? E se me entender é abrir mão de tal íntima questão o que faço eu aqui sem cessar o espírito para dar voz à razão?
Até o silêncio me é revelador de alguma forma. Eu só não sei distinguir que forma é esta e se me é boa ou não.

Eu? Você? Quem? - Nós!

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Quem inventou o amor? Me diga, por favor! Quem inventou o amor? Me diga, meu amor.

Do canto que te canto Bell(a).

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Apaixonei-me por ela! Moça tão bela que vi surgir na janela em vestido de flor jasmim. Com cabelos ao Sol de fim de tarde, minha felicidade seria vê-la pra sempre assim! Apaixonei-me por ela, menina do sorriso largo. Meu paraíso, eternidade. Criatura faceira que está sempre à espreita de me prender em seu laço de amor que só cabe a mim. Apaixonei-me então, dia após dia, por ela que és minha novidade, tentação. E sou outra vez menino, bobo, louco, tolo, maroto por ser eu o descobridor desses caminhos que Deus projetou, em outra vida, para mim.

A mente e outras drogas.

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... Reticências luminosas invadem a sala da mente para me fazer ter a esperança simplória das crianças que sorriem perante o pisca-pisca dos enfeites de Natal. Os olhos se enchem d'água e o martelar das luzes que piscam começam a incomodar meu juízo.
Fixo-me à parede, prendo-me ao rodapé esperando que a luz flutue para outro cômodo, um que não seja a sala ou o quarto. Pontos faíscam tão belos e me sinto atraída da mesma forma que sou atraída por águas-vivas perdidas na areia da praia; traiçoeiras como a noite esperando um toque para me fazer marcada em chamas sem fogo presente. Pontos faíscam e corro depressa, mas não para longe. Vou para o fim que me cerca e pede contato físico com dor sem reservas.
Na sala de mim, ainda imóvel, vejo tudo chegar como num filme caseiro. Brega, verdadeiro, sentimental por exagero e alienador por convicção.
Pontos-vírgula tentam romper a proteção do alheio que trago projetada sempre a dois passos de mim. Figurante na cena do meu mundo real não tenho inveja, não tenho medo, não tenho nada.
... Reticências luminosas são o meu universo de agora; a infinita e inquieta esperança de que podemos dar certo lá na chegada já que aqui na largada somos esse querer disforme.
A sala é meu cartão de visitas; exposta ao público, planejada, mas não falsa: INVENTADA!
Presa em quadro, ainda lido com o perigo das reticências luminosas clarearem as fechaduras dos outros cômodos que o público nunca viu encaixadas na sala, meu cenário.
Os pontos, diversão que trago no peito, são os poderes que tenho sobre o público-alvo, a beira do precipício que trilho sempre muito bem acompanhada e que por hora tem dado certo, ainda não caímos lá do alto.
A mente lateja e já não sei quem sou. A casa é a mesma, tudo parece igual ao que era antes da escrita surgir. Seria um sonho, talvez, pesadelo afinal. E em estado de choque o meu corpo revela pontos-vírgula tatuados na carne. Só um lembrete de quaisquer que sejam meus cenários, eu vivendo apenas comigo, não sou nada.
Nem frase, tampouco palavra.

Compilando:

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‎"Eu não gosto de escrever de costas para o mundo. Parece que a vida passa sem que eu tome conhecimento dela. Mas também não gosto de escrever encarando o mundo, não mesmo! Quando se olha continuamente para o mesmo lugar desacreditamos dos possíveis amores e só enxergamos os nossos fantasmas."

- E que seja tolo, se tiver que ser. Do meu tom, conto, prega-verso cuido eu.

"E a vida segue tranquila já que o tempo cansou de sanidade. Viro furacão, tormenta, vulcão, mar revolto, inferno na terra de mim. Sim, isso mesmo, tudo aqui dentro.
E lá fora segue tranquilo o tempo já que a vida (e eu) cansou da sanidade." - Sanatório.

- Sim, louca, doida varrida-passada-a-ferro-em-brasa. Eu de dentro pra fora, sem novidades.
 
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