É ele a minha grande razão de viver. Se tudo perecesse, mas ele ficasse, eu continuaria a existir. E, se tudo permanecesse e ele fosse aniquilado, o mundo inteiro se tornaria para mim uma coisa totalmente estranha. Eu não seria mais parte desse mundo. Meu amor por Linton é como a folhagem dos bosques: o tempo a transformará, estou bem certa, como o inverno muda as árvores.
Meu amor por Heathcliff assemelha-se aos rochedos imotos que jazem por baixo do solo: fonte de alegria pouco aparente, mas necessária. [...]
Ele está sempre, sempre, em meu pensamento. Não como um prazer, visto como nem sou um prazer para mim mesma, mas como o meu própio ser."
Cap. IX
O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Bontë.
Ps: Eu postei esse trecho do livro logo quando fiz o blog, então quem me segui desde o início sabe bem. Mas ele é perfeito. Todo o livro! Sua melancolia, seus segredos obscuros, seus amores de causas impossíveis. Esse é o motivo de postá-lo novamente. Porque ele me faz crer em um amor maior do que a racionalidade e, para mim, essa é a razão do livro valer a leitura um tanto cansativa do século XIX.
1 Comentário:
"Ele está sempre, sempre, em meu pensamento."
Me identifiquei MUITO com o texto, a acho que não serei a unica.
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