A ladeira com pedras soltas não me ajudava em nada na fuga em abandonar aquele castelo sombrio.
Caleb estava tão perto que poderia tocar em seu cabelo negro e comprido esvoaçado pela noite de brisa suave e luar encantador.
Ele gritava meu nome numa fúria nunca vista e pelo caminho perigoso de volta à cidade, nem um arbusto sequer me daria o abrigo necessário para escapar das suas garras predatórias.
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Há uma semana, o bar do Taylor recebeu uma visita inesperada. Um garoto branco como o giz e com os cabelos tão negros como a noite em lua nova. Eu estava tomando uma coca-cola e comendo batatas fritas quando ele me puxou para dançar.Não sei como a música surgiu naquele bar; no momento em que segurei sua mão uma melodia forte penetrou no local e sem ter noção dos fatos me vi ser conduzida por um garoto totalmente estranho.
A música era envolvente, forte, com uma bateria intensa e uma guitarra ensurdecedora.
Em meus encontros com garotos, eu prefiro algo mais calmo, romântico e não um rock dos anos 70. Mas de qualquer lugar que tenha vindo àquela música, eu sabia que não era uma música normal. Ela trazia muito mais que simples notas.
Deixei-me gargalhar nos rodopios no ritmo da dança e deixei que seus dedos memorizassem cada centímetro do meu quadril.
Ser desejada sempre fora o meu fraco, eu não iria dizer "não" quando ele estava fazendo tudo que sempre me deixava tonta, sem foco. Mesmo cheia de dúvidas, volto o pensamento para essa caçada sem sentido; o desespero chega violento quando não há saídas. E mesmo que eu corra com toda a força das minhas pernas, o meu temor me alcançará.
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Caleb continua gritando meu nome como se eu fosse a última pessoa na Terra, disparando meu coração a cada instante que me vejo presa em uma dor permanente nos seus braços.Permanente; essa é questão. Ele me quer para sempre e isso eu não vou permitir. Gosto dos flertes, dos beijos e dos sussurros maliciosos no ouvido, mas não sou uma garota namorável. Nunca fui e fico contente. Sempre posso me entreter com quem quiser e saborear dos prazeres sem o tão letal compromisso.
Nunca procurei pelo homem certo e nunca acreditei que houvesse um destinado a mim e por essa razão, vivo sempre no presente e o que passou enterrado está.
Grito por socorro quando encontro a rodovia perdida entre as árvores que cercam a antiga mansão. Ele foi bastante esperto ao me trazer para o lugar mais afastado da cidade, isso eu não poderia negar.
E enquanto corro sem me permitir olhar para trás, vou planejando uma forma de me livrar de uma vez desse garoto que deseja inumanamente me possuir.
Gostaram do conto? Pode ter uma continuação, vai depender da aceitação dele por vocês. Então, leiam de verdade e comentem para eu poder escrever mais se esse for o caso. E esse texto também é para cumprir minha promessa de que faria um texto com o estilo musical mais votado aqui no blog. Como o Pop Rock/ Rock levou o 1º lugar, esse foi o texto com o tema para vocês. E é também meu 1º texto para o Projedo How Deal. Beijos