De verdade:

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Em casa hoje.


Como eu amo os sábados!
A falta de preocupação em acordar cedo no dia seguinte;
O brilho do sol que entra pela janela;
O canto dos pássaros no meu telhado.

Como eu, irrevogavelmente, acredito no sábado.
Em como tudo pode ficar tranquilo;
E no quanto as pessoas trocam sorrisos e olhares.

Meu sábado; eu tenho o direito de ter um só para mim.
E esse é o meu.
Presa em pensamentos e obsoleta nos devaneios futuros.

E como nos meus dias eu faço a programação,
Vou me deixar bem à vontade,
Vou matar a ansiedade e,
Deixar que o calor provoque marcas por exposição.

- Coisa velha esse texto.
Gente, gostaria de agradecer pelos selos, indicações e memes. Mas não sou muito fã dessas coisas e os últimos selos que ganhei já tenho postado aqui no blog.
Um ultra beijo - para a garota linda - do blog Pelo amor ou pela dor. Ela sempre foi fiel a este espaço.

Só um pedaço.

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Pela primeira vez em muito tempo tentei imaginar minha vida sem você. O rádio ligado tocando minhas músicas prediletas e de fossas; e você aí na Paraíba. Só por uma semana, eu sei. Mas a dor que deu em não poder te ver esses dias é paradoxal. Eu recuo quando perto, delimito o perímetro, imponho espaço. Mas é não ter você "aqui" - palpável - faz com que tudo que eu venho anulando desde o dia em que meti essa idéia de ir pra longe, venha à tona.
Tenho medo, confesso. Não o medo de te perder, e sim, o medo de perder quem somos e o que fomos juntos.
De perder a mim nesse tempo longe. Sim, leitores, essa baiana assumida está arrumando as malas. Partirei no dia 15 de Dezembro para o Distrito Federal. Farei a prova da UnB - Federal de Brasília - no dia 18. Já tenho prova de concurso agendado em fevereiro, curso de Webdesign e cursinho pré-vestibular (caso não passe na prova). Será um ano longo, pela falta das pessoas que amo, pelos novos desafios. Também será um ano produtivo pelo estudo diário.
Mas a verdade é que preciso disso. Desse tempo longe de tudo que conheço, dessa ausência que tenho dos pedaços meus que deixei por aí.
A ficha está caindo aos poucos; à cada dia que me permito me ver dentro do avião, a cada noite que não vou ouvir a sua voz do outro lado da linha, no msn ou ao vivo e a cores com o seu boa noite de voz cansada.
Demorei tanto para amar tanto assim... Eu volto, D! Nem que seja para te levar para junto de mim.

- É só um singelo desabafo. Se eu falasse tudo o que tenho engasgado, não sairia nada. A dor - a minha - é mais sentida do que falada.

Sebo nas canelas!

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É só falar sincero que todo mundo corre. Colocam os rabos entre as pernas e numa carreira, fogem da vista.
Me diverti à beça esses dias. Com as estatísticas, com o número de pessoas que passaram aqui e com as caras marcadas.
Foi culpa do medo? Receio? Não sabiam o que falar?
Talvez...
Mas a pergunta que não cala: o gato comeu vossas línguas?
Enquanto seu lobo-resposta não vem, eu vou continuar rindo da palhaçada que é a vida e dos seus integrantes.
Hoje eu só quero isso - mais nada!
...
E como dito-bem-dito por mim: É só falar verdades, que todo mundo corre.

Quarta-Feira. [3]

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Os sentimentos dizem respeito aos servos de olhos brancos que os escrevem. É difícil entendê-los, é verdade. A compreensão é flor que exala pouco na mente desprovida de imaginação. Entendiam-me, os mortais; mas sou deveras louca para falar ditado o que recito em versos. - Para a minha pequena Alice. Da sua amada, R. C. Souza.
O calavo Sim[N]ão.

Olhando bem, todos são iguais.
Há mais de amor fantasiado do que sentimento real. Escrevem eles a doçura do vento nos cabelos, da pele branca alva, do sorriso largo, dos banhos de chuva.
Vestem-se de sonhos azuis como as capas dos livros de histórias encantadas.
E o preto; onde fica? E a dor; onde dói? E as amarguras; onde tingem?
Estagnando o corpo, a mente corre.
Mas ser que é ser não absorve parado. Precisa-se mais do tormento, das incertezas, das injúrias, do pecado, do abraço que tatua o dorso para se fazer vivo.
E a carne; onde sacia? E o beijo; onde ecoa? E o espírito; onde habita?
Pesco aqui, bem dentro, o sorriso verdadeiro. O sorriso desdentado nascido de um ano, e aquele falho da sujeira injusta do tempo que lhe provoca a queda.
Tento, depois de tudo, reescrever o verbo que domina o cavalo, que figura livre à sombra do que antes era.
Cavalo sem chifre, porém incólume. Fera bestial que roça feroz à espreita de saída; armando para me deixar - por fim - sozinha.
Acalento-me então, na saudade. Nesse singelo querer de ter outro, nos passos em falso sobre o futuro.
Porque saudade é verdadeira, é real, é tangível. Não é mera odisséia de tolos mortais. Não é poder de transcender horizonte; é mais pra cá do coração do que pra lá da razão do que se julga sermos nós, seres amados.
Acabam-se as perguntas, expõem-se os defeitos. O que fica é o passado, as lembranças, e uma ruga na cara.
Coisas existentes, fatos noticiados, experiências concretas. Nada mais que o preto no branco; por cima - dentro - e por fora - agora; e é apenas sobre isso que eu pretendo falar.


- É a primeira vez que posto o mesmo texto (ao mesmo tempo) nos meus dois blogs; que sincronizo idéias tão distintas. Mas a verdade é que este escrito não me sai da cabeça e como na quarta eu posso tudo; postei-o aqui!
E por favor, só comente se tiver lido TODO o texto; eu não preciso de mais hipocrisia.

Atrasada.

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Sempre assim, atrasada.
Na vida, com os amigos; aqui em casa.


Indo para o CEFET agora. Na hora, né? Só queria agradecer o carinho de todos e dizer que tô sumidinha esses dias, mas como eu tinha prometido, já respondi todos os comentários pendentes. Vi que vocês gostaram bastante do poema [Julieta e Romeu]... Se eu contasse como ele foi feito... Enfim, resenha para um post futuro. Beijos e Queijos milamores e até mais tarde com o "Quadro" Quarta-Feira. >>>> GO!

Quase.

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Ligeiramente irracional aquele momento; o choro incontido molhando o rosto.
Dez milhões de pensamentos por segundo e nenhum coerente.
Uma tentativa frustrada de respirar e sarar a dor. Um peso no peito entalando a voz.
Alguém ao lado fingindo ser forte; rasgando a certeza que ainda resta.
Açoitando a minha bolha frágil, desiludindo meus planos.
E por mais machucado que tivesse, por mais vontade de gritar que eu sentisse, naquele momento o que mais importou foi ainda te ter perto.

- Bem texto de adolescente de 15 anos, 
mas foi o melhor que eu pude fazer agora.

Shakespeare - ando. [Julieta e Romeu]

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Aqui, quero velar meu corpo brando,
Ferido dos teus beijos abrasivos.
Corrompido pela doçura da tua carne lassa.

Aqui, quero pôr o berço da alma
Junto ao colossal saber supremo,
Que deleita os olhos nas profundezas da vida.

Contigo quero deitar meu corpo.
Tributo ao imenso amor terreno,
Junto aos olhos profundos;
Berço do âmago pequeno.

- Texto adaptado. Com repetições, sem falhas.
{gente, o título é só uma coisa
que eu conversava com uns
amigos, mas o poema é de
autoria totalmente minha.}

Quarta-Feira. [2]

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Mente nos pés e plumas na cabeça.

Cansei-me da melancolia!
Joguei as roupas pela janela, calcei as sandália nos pés.
Catei as moedas, a chave e o par de brincos sobre a mesa.
E vesti a primeira peça branca limpa.
E coloquei aquele colar brega de perólas.
E fui toda sorriso no rosto,
Molejo no corpo,
E nada na mente.
Apenas eu no fusca rosa,
Violão no banco ao lado e
O menino dos meus sonhos a esperar no mar.

- Nada melhor do que cumprir promessas!
Gostaram do meu terceiro texto de Quarta?

Arquivo Morto.

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Eu preciso selar a boca! Chega de falar de mim, chega de inventar desculpas; explicações para tanta inconveniência, alternativas para a falta de prática.
Eu preciso engolir a língua! Provar do veneno que queima outros corpos; infligir-me a dor de outros.
Arrancar da memória o passado que, involuntariamente, circula nas veias. Resgatar a timidez dos meus olhos, a doçura dos lábios e o encantador modo de agir.
Todas as mudanças foram necessárias. Todas as capas já estão gastas agora. Não sobrou nada além da roupa imperfeita de ser eu.
Eu preciso expulsar essa sensação ruim do meu estômago: essa inquietação pra lá de grilos pulando; e as borboletas, coitadas?! Ficaram todas presas na garganta, nem abaixo nem acima.
Eu sei que sou confusa, só não sabia que era tão indecisa... Mas tudo acontece rápido, e vejo que no cardápio do almoço será servido o meu "cérebro à batedeira".
Eu preciso serrar os dentes. Conter a língua, tapar a voz, zipar a boca. Revelar menos do que sou por atuação; buscando encontrar a doçura que um dia eu tive como as belas flores do campo.
- Se eu não sou mais "adorável", não fico triste. Alegro-me na lembrança de que eu já soube ser.


- Eu sei exatamante quais são os defeitos que sustentam meu edifício inteiro.
{Reflexões da madrugada}

Dobra-diça.

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Hoje eu vou dormir invejosa;
Mesquinha;
Vulgar.
Para acordar um ser bondoso,
De alma pura;
Sem pecados.


Dobra a Diça, a Diça dobra e do dobro se 
faz a peça das chapas que unem o metal:
- Dobradiça!
Estou devendo responder aos comentários; só que não vou fazer isso tão cedo. Tenho fobia de fazer coisas mal feitas. Responderei tudo com calma, saboreando a escrita particular e agradecendo a paciência para com a minha pessoa. Responderei, isso é tudo! No mais... Uma boa noite, bons pensamentos e bons sonhos - a arte está em fazer graça com o simples. Beijocas!

Quarta-Feira. [1]

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Como prometido, hoje eu abro [oficialmente] a nova temática aqui do blog: os Pequenos Textos. Quem está comigo desde a criação do About My Truth, sabe que eu venho escrevendo Pequenos Contos e um deles é o conto Permanente. Só que dei um tempo, mudei um pouco a minha forma de escrever e reorganizei as prioridades. O Conto Permanente ficará sem os capítulos finais por tempo indeterminado e quando eu resolver terminá-lo, postarei tudo em um site apropriado. Deixarei o link para que vocês possam terminar a leitura. Só não vou excluí-lo daqui porque uma amiga pediu para que eu não o fizesse. Não fiquei chateada com nada, gente. Apenas dei um tempo nele para que a história ficasse original e não mais uma cópia de livros sobre vampiros. A idéia de escrever esses minis textos surgiu da necessidade de deixar este passo mais pessoal (não que ele já não seja). Mas há pessoas, músicas, citações de livros, diálogos, poemas, autores, filmes e uma série de coisas que fazem parte do meu universo e me ajudam na composição da minha história e da minha escrita. Negligenciei esses dados até agora, mas estou me redimindo. Espero que haja algumas familiaridades com vocês; mas não se espantem: eu sou estranha em tudo e não nego. Um beijo caloroso como o verão, R.C. Souza.
Então, vamos lá:

Boneca,

De pano que se move aonde quer;
Boneca,
Que faz qualquer um fazer o que disser!
Boneca forte, decidida,
Boneca crescida,
Boneca mulher;
Sapeca, Boneca, Rebeca... 
Mas não uma boneca qualquer!

{We-It}
"Para: Rebeca Cristina
01 de Abril de 2009
Biblioteca do CEFET (IFBA)
De: Carla Jane Coelho"

Presente Passado. [2]

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A casa da avó se conserva da mesma forma. Os tijolinhos de barro, o muro de reboco agreste, o telhado vermelho.
Apresenta-se aos olhos da criança adulta com o cheirinho de pão no forno, café quente no bule e biscoitos no pote sobre a mesa.
E a menina entra. Lembra da infância bem vivida, das canções de ninar e dos amigos gatos e cães com quem dividia o último pedaço do seu bolo favorito sabor limão.
Limpa os pés no tapete bordado que sua avó fez muitos anos antes dela nascer e respira fundo o ar de estar novamente em seu lar.
Sim, seu. O lar dela, as memórias dela e tantas outras espertezas, saberes e malcriações de ser filha única.
Recorda o tempo em que era alegre sentar na varanda, tomar banho de chuva, subir em árvore e nadar no rio.
Volta ao passado que ali é tão presente que nem se vê a hora passar, e fica.
Fica lá; onde tudo foi fácil, gostoso e cheio de expectativas. Permanece intocada no seu lugar sagrado.
Encontra na sala os porta-retratos enfeitados com o biscuit do seu primeiro trabalho artístico na escola. Percorre com os dedos e olhos, e sentidos (os outros) bem abertos e se deixa devanear entre quem foi, quem é e o que fará dela mesma a partir dalí.
Encontra-se logo então. Não do jeito que gostaria; não como a planilha preparada posta na bolsa.
Encontra-se no olhar acolhedor da avó, no olhar que perdoa tudo e tudo sara. No olhar que alimenta alma sedenta de consolo materno. E chora o choro preso na garganta. O choro que não chorou quando precisou dizer "adeus" a pessoa mais amada: sua avó querida.
E se arrepende, e pede desculpas e chora mais e mais.
A avó compreende, é claro. Mas fica quieta permitindo a neta diga àquilo que deveria ter sido tido, mas que não encontrou forças em si para romper a sela que é a boca.
Come um pedaço do pão ainda quente, acalma os ânimos com uma boa xícara de café levemente adocicado e volta ao quintal onde experimentou o prazer de se ter uma mente fértil. Lugar em que virava princesa, sereia e até o diabo, mas raramente ela brincava de diabo; só quando queria cometer pecado.
E sorri para o Pedro, o filhote mais novo de uma ninhada de seis gatos. O Pedro... E sorri outra vez. 
Ela adorava dar banhos gelados no Pedro apenas por judiação, para satisfazer a fúria infantil que é ver bicho sofrendo. Agora o Pedro é uma bola de pêlo, gordo e manhoso passeando entre as pernas de quem quer que seja. E sorri. E como sorri na casa da avó. E como se sente protegida na casa da avó, e como ela mesma é melhor pessoa estando lá. Sua avó amada...
E sorri internamente o maior e espetacular sorriso: o de quem faz algo errado e gosta do mal feito.
E lá está, no canto mais afastado depois das belas flores, a caixa sob a qual jaz o cágado. O animal que ainda lhe provoca repulsa e o qual ela não sentiu nenhuma dor da morte morrida e vida matada por ela.
E volta aos braços da avó com um sorriso enorme na cara.
- O que foi Bia?
- Nada não vó, lembrei-me do Guh, apenas.
- O cágado?
- Esse mesmo.
- Afinal, você sabe como ele morreu?
- Não. Eu só sei onde ele foi enterrado.


Esse texto já havia sido postado no Insensatez. Mas lendo ele essa noite, eu percebi o quanto algumas recordações da minha infância são sublimes e o quanto eu escrevo "torto"... Eu escrevi esse texto para o blog da minha prima, o Meu Diário.com; mas este já está inativo há muito tempo. Prometi postar textos que são de outras partes da minha vida e de outras pessoas às quartas... Mas vai assim na segunda/terça mesmo. Na quarta eu postarei um poema fofinho que a Carla fez para mim em 2008/2009. Kisses, Baby's!


Abrindo Olhos.

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É incrível como cada amanhecer me traz uma sensação nova. Como se fosse um novo despertar, um abrir olhos pela primeira vez.
Nada permanece como na noite anterior; nem quarto nem 
mobilha.
Acho graça, sinceramente, ao lembrar que antes de dormir fiquei implorando para que você viesse velar meu sono.
Para que estivesse ao meu lado e que fosse o seu calor, e não a coberta, a proteger meu corpo do frio.
Acho graça também por ser tão menina... Isso pode parecer estranho, mas não é!
Viro 
menininha inocente quando seus lábios tocam os meus e quando sua mão repousa em minha cintura.
E acho mais graça ainda por saber que você consegue ser mais inocente. Tenho certeza que se fosse um outro rapaz, arrancaria-me as roupas e o juízo, e os 
atos eu já não poderia prever.
E me dou a rir disso. De saber que poderia me ter da maneira que outros desejam, mas prefere me ter de um jeito único e sincero. De um jeito 
espetacular!

Porque para você o importante não é conquistar tudo e sim, conquistar o território devagar. Saboreandomilimetrando.
Como eu disse, é incrível quando eu acordo em plena segunda-feira, cheia de aulas no colégio e resolvo ficar em casa por uma desculpa qualquer.

Afinal, são nessas horas de permanecer inerte na cama, que entrego em palavras o meu melhor pensamento.
Pessoas queridas, eu tenho tantos textos soltos e tantas coisas que eu faço para primeiros, segundo e terceiros que seria uma falta para com vocês não postá-los. São textos malucos, confesso. Outros fogem às convencionas estruturas gramaticais e outros, são ousados na ortografia. Deixando-me livre para arriscar em determinadas palavras. Minha proposta é postar, uma vez por semana [talvez às quartas], um desses textos. Não sei se irão gostar, mas... Para abrir essa nova faceta minha, entrego hoje o "Abrindo Olhos". Leiam com carinho e podem achar graça porque eu sempre sorrio com ele. Ps: não esqueçam de ler a postagem anterior a essa. É uma boa forma de vocês conhecerem a pessoa que vos escreve. :)

Primeira Pessoa.

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Olho a moça de cara larga nos olhos.
Ela não sorri, não chora, não sente.
Na minha ânsia de saber mais sobre ela
Vou dando, aos poucos, pedaços castanhos da minha pupila negra.

Ela fixa os olhos num ponto que desconheço
Sugando o meio sorriso forjado na minha face.
Enquanto dela eu nada consigo ler,
Através daqueles olhos que devoram almas.

Deixo que ela permaneça no seu exercício
Em minha tentativa frustrada de esconder meu conteúdo.
E quanto mais dentro de mim encarcero os pensamentos,
Mais flui para ela o objeto obscuro da mente.

Olho a moça de cara larga nos olhos.
Ela não sorri, não chora; ela gargalha.
Na minha ânsia de saber mais sobre ela
Fui dando, aos poucos, o que dela eu desejava arrancar.


- Estava pronto! Eles foram testemunhas da minha insanidade e da euforia que me tomou depois. Não sei explicar o que dá, às vezes, na minha cabeça; mas sei que sou apenas o instrumento. O resto de mim... Bem, ainda estou tentando descobrir!

Textos em primeira pessoa são assim:
 Mais Rebeca do que qualquer outra.

Você acredita?

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Não serei apenas coerente; serei tudo que sou e penso, na minha forma peculiar de escrever. Se são opiniões minhas eu não sou capaz dizer, mas é aquilo que vejo, sinto e ouço vez ou outra quando me permito ser acessível. Porque eu, caro leitores, não sou uma pessoa fácil e Ele, bem sabe disso!

É difícil ser cético neste planeta.
Se pararmos para analisar todas as forças que nos compõem, se relacionarmos física, química e biologia perceberemos que há uma existência maior que a nossa; Soberana.
Há os que acreditam em evolução, há também os que acreditam que somos a massa total resultante de uma explosão, de poeira cósmica.
Mas você já olhou o céu hoje? Já sentiu o calor do Sol aquecer sua pele? Já se deixou vagar pelo inconsciente enquanto tomava seu café da manhã?
Poucas são as pessoas que se permitem; que entregam um horário de suas agendas lotadas a experimentar os cheiros, as formas, cores e sons.

Tenho costume, como um hábito, deliciar-me com os sentidos. Todos eles.
E digo a vocês: todas essas teorias são bobagens. Não consigo imaginar este planeta surgindo de poeira acumulada pelo tempo. Muito menos nos ver evoluindo dos homo sapiens.
O homem é tão complexo que se torna um paradoxo; uma luta constante entre o Real e o Absurdo.
Acredito também que o ser humano é a mais arrogante das criaturas, a mais presunçosa e, em minha opinião, a mais ignorante. Pior, a única espécie realmente irracional.
Possuímos todas as ferramentas necessárias para realizar qualquer "ação" que o cérebro seja capaz de coordenar e pôr em prática, diferindo-nos dos outros animais. Temos todo o conhecimento para vivermos pacificamente e em contradição, preferimos guerras. E esta é a malignidade dos homens!

Não acredito em predestinação e em nenhum outro pressuposto que nos coloque em condição. Nascemos livres. Só que não percebemos. O sistema ao qual estamos inseridos cria prisões a todo instante e o "nascer" não está isento e, mesmo com todo nosso poder intelectual, aderimos subservientes.
Falta-nos então, a razão e a capacidade de enxergar através das muralhas de vidro duplo que é o ego.
Voltando ao paradoxo, somos os únicos a destruir o local onde vivemos. O planeta é consumido voraz e impiedosamente. O que deixa o fato imperceptível à maioria das pessoas, tornando-o parte da rotina. Poucos são os que o percebem.
Mas você já olhou o céu hoje? Talvez não haja mais céu, pensou nisso?
Viu a magnitude da nossa Estrela de quinta grandeza? O quanto o Sol ainda brilha poderoso?
Ah, o Sol... Este é outro paradoxo, mas vou deixá-lo para um devaneio futuro.
Mesmo que eu quisesse, não seria capaz de citar cada impulso elétrico por milésimo de segundo que estou tendo enquanto olho pela porta aberta de casa, vendo o céu enquanto escrevo...

No que você acredita?
Antes de responder a si, olhe! Saia da sua bolha! Abra as janelas, respire ar fresco, sinta o vento em seus cabelos. Ande um pouco, sente em um banco de praça, observe os pais brincando com seus filhos. Absorva o amor que emana dos casais, a inocência das crianças, a sabedoria dos idosos.
Corra se estiver com frio! Grite quando a angústia apertar seu perito! Pule! Descubra-se! Depois volte para casa, coma um pouco, beba água, ouça música, analise toda a tecnologia ao redor. E lá para o final da tarde, pertinho do crepúsculo, saia à procura de uma grama verde e macia. Deite, feche os olhos, respire fundo; o mais fundo que puder. Conte até 10 e abra os olhos. Olhe o céu. Provavelmente você verá pássaros voando: observe-os. O movimento, a perfeição das asas, a intimidade com o ar.

Por fim, depois que o Sol se for e no céu restar poucos vestígios de cor, você estará pronto para levantar. Será capaz de se dar uma resposta; de merecer uma resposta.
Quanto a mim, eu acredito numa força suprema, num ser maior que tudo. Sendo assim, acredito em milagres.
Se os milagres existem, por quê não, Deus?


[Texto adaptado e nos padrões do Novo Acordo Gramatical]

Ninguém ri de Deus em um hospital. Ninguém ri de Deus em uma guerra.
Ninguém está rindo de Deus quando perde tudo o que tem e não sabe pra quê.
Ninguém ri de Deus no dia em que eles notam que estão vendo a última coisa que vão ver que
é um par odioso de olhos.
Ninguém está rindo de Deus quando dizem "adeus".
Mas Deus pode ser engraçado em um coquetel quando você ouve uma tremenda piada sobre Ele
Ou quando os loucos dizem que Ele nos odeia.
E eles estão com o rosto tão vermelho que você acha que eles vão engasgar.
Deus pode ser engraçado quando dizem que Ele pode te dar muito dinheiro se você orar do jeito certo.
E quando Ele parece um gênio que faz mágica como o Houdini ou concede desejos como o Grilo Falante e o Papai Noel.
Deus pode ser tão hilário! - Regina Spektor - Laughing With.



Do lado de fora.

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- Você vai entrar ou, ficar aí parado?
- Parado, por quê?
- Está chuviscando...
- Por isso estou aqui!
- Pra pegar um resfriado?
- Não, para beijar você!

*S M A C K*
 
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