Sem pontuação nem regra

Andarilha de pernas peçonhentas,
Corpo rechonchudo de olhar vidrado,
Oito saltos agulha sobre o solo
E umas mil garras afiadas.

Saberia lhe dizer quem ela era
Se não fosse eu projeto natural tão abstrato
De superfície pálida e flácida
A contemplar jazido de morto novo.

Chama ela a atenção dos menininhos meus,
Por eles serem inocentes errôneos
De cabeças cheias de plumas e sonhos,
E espírito de cavaleiro bravo.

Dói em mim saber da partida,
Dos olhinhos sorridentes que não voltarei a ver
Já que a fera não faz distinção
e qualquer ser ela se dispõe a comer.

Um aqui comigo,
outro lá em casa.
E a aranha maliciosa-envenenada
prende-me os braços, e saliva
os meus meninos com lábios fartos.

{Google}

Eu estou tão atarefada que decidi fechar meu outro blog: O Insensatez. Como tem muita coisa lá e eu não quero que esses textos fiquem esquecidos vou postar aqui, aos poucos, esses escritos com o Marcador Insensatez. Espero que vocês curtam essas outras verdades. :*

2 Comentários:

Unknown comentou:

Muito bem construído, cada palavra parece estar no lugar certo. Lindo.

Gabriela Morgante comentou:

Também achei super bem construído e super bem escrito!
Parabéns, gostei!
E essa imagem, que arrepio! rs

Lindo o blog! ^^

Beijos,

Gabi
Mundo Platônico
http://gabiiem.blogspot.com/

 
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