Sem pontuação nem regra

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Andarilha de pernas peçonhentas,
Corpo rechonchudo de olhar vidrado,
Oito saltos agulha sobre o solo
E umas mil garras afiadas.

Saberia lhe dizer quem ela era
Se não fosse eu projeto natural tão abstrato
De superfície pálida e flácida
A contemplar jazido de morto novo.

Chama ela a atenção dos menininhos meus,
Por eles serem inocentes errôneos
De cabeças cheias de plumas e sonhos,
E espírito de cavaleiro bravo.

Dói em mim saber da partida,
Dos olhinhos sorridentes que não voltarei a ver
Já que a fera não faz distinção
e qualquer ser ela se dispõe a comer.

Um aqui comigo,
outro lá em casa.
E a aranha maliciosa-envenenada
prende-me os braços, e saliva
os meus meninos com lábios fartos.

{Google}

Eu estou tão atarefada que decidi fechar meu outro blog: O Insensatez. Como tem muita coisa lá e eu não quero que esses textos fiquem esquecidos vou postar aqui, aos poucos, esses escritos com o Marcador Insensatez. Espero que vocês curtam essas outras verdades. :*

Indagações.

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Quando a vida chega em um ponto onde suas escolhas precisam ser feitas para preservar o coletivo, o que você faz?
Você se esconde e deixa que tudo siga como tem que ser ou, assume uma postura madura frente a sua realidade?
Quando você não sabe dizer ao certo quem é a pessoa que habita a sua carne, você tenta exorcizá-la ou, conhece intimamente o habitante?
O que é melhor: ser uma droga de pessoa vivendo de aparências ou quebrar o sistema e ser alguém digno?
Quando tudo que você faz é fugir, para onde você vai?
Que lugar é bom o bastante para te fazer abandonar as pessoas que te amam, que te apoiam e que cuidam de você?
Quando a sua vida chega em um ponto onde a loucura e a lucidez andam de mãos dadas; você grita? Você pira? Você pára e repensa ou fica a vegetar?
O que é pior: saber que está errando e continuar no erro ou errar inocentemente?
E existem inocentes? 
Quando o mundo ao seu redor declara: "seja magra, alta, loira e transe com o primeiro cara que aparecer", você faz? Você cumpre? Você se submete?
Quem diz não? Quem prefere o contra? Quem escolhe não fazer parte da massa total?
Quando a minha vida chega num determinado ponto, em uma encruzilhada, eu sei que a decisão de seguir é minha mesmo que a minha decisão seja voltar atrás e começar de novo.
E você; sabe o que fazer?




Na vida é importante saber definir com clareza quem você é
e quem você quer ser.

Chapeuzinho Vermelho...

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Não subestime os outros, nem os idolatre demais.
Seja educada, mas não certinha.
Não minta, nem conte toda a verdade.
Dance sozinha quando ninguém estiver olhando.
Divirta-se enquanto seu lobo não vem.
- Martha Medeiros

Adeus, alguém precisava dizer.

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A sua covardia é só um detalhe. Essa sua cara de mau é mais um quadro. Esses olhos vermelhos não metem medo. O seu braço forte já não me assusta. As suas palavras duras, tão pouco, maltratam.
Eu sou, sempre serei, essa garota que brinca dentro e fora das próprias poesias.
Eu sou, sem medidas, esse laço ao vento que dança com a sorte...
Vai me pedir pra ficar, vai me pedir pra voltar, vai me querer toda sua!
E só o que de mim vai achar é esse resquício cheirando a alecrim, uma mancha do meu batom carmim e a blusa que foi esquecida no armário.
E por fim, vai notar
 Que eu sou o remédio que curou sua alma: essa liberdade doida de inventar histórias para serem vividas!

E que o meu perfume afaste 
o veneno das suas feridas...

Eu gostaria de dizer algumas palavras...

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Só um punhado de palavras para um punhado de pessoas.

Diana e sua Matemática nada exata: Minha Engenheira da Alma! Você constrói e reconstrói tudo dentro de mim em um piscar de palavras cruzadas. E é sempre assim,
eu triste + você alegre = eu transbordando alegria.
eu triste + você amando = eu explodindo em amor.
eu sorrindo + você gargalhando = eu tendo ataques de risos.
As suas palavras invadem de leve esse coração meio mole, meio duro e fazem uma estrago mortal. Fico toda manteiga derretida; e se me comerem num pão por aí, a culpa vai ser sua. E você sabe! (Que seu guarda-chuva de bolinhas azuis nos mantenha aquecida pelo abraço e protegidas no amor que alimentamos pelas palavras.)

Maiara e suas Entrelinhas: É um prazer abrir as portas da minha casa para você. Não sou tão precisa nas respostas aos teus comentários, mas é fascinante quando me pego relendo suas sílabas para me convencer do que foi escrito ali. Talvez eu não seja tão doce e sóbria como as autoras dos outros blogs, mas guardo bem a sinceridade dos meus dias e a graça das minhas lembranças por ter cultivado um ciúme doce em dividir uma amiga contigo. E eu vou ser sempre essa cara Nua e Crua, até mesmo quando eu me camuflar de palavras.

Priscila e seu Mar de poema encantado: É tanta beleza em um pedacinho de palavra que eu me sinto um trilhão de vezes mais bonita, mais amiga, mais sincera, mais sorrisos abertos e mais alegrias do que nos outros dias que eu não leio as suas postagens. E fico me perguntando o motivo do mundo ser tão louco para eu não ter conhecido os seus poemas quando eu morava na Bahia; porque quase sempre eu tenho vontade de te abraçar bem forte e dizer obrigada!

Tati Tosta e o nosso Canteiro de obras: Você aprendeu a me ler por trás de cada entonação, cada rima, cada linha. Invadiu o meu mundo com as suas críticas ácidas levemente adocicadas e me conquistou por inteiro. É dona de uma sabedoria incomum e de um amor que me faz ter coragem. Uma amiga, é isso que você é. E eu não tenho dúvidas de que nos encontramos qualquer dia desses para rir das minhas piadas mal contadas.

Isadora e a sua Assinatura que me enrubesce a face: É tão antigo o meu suspiro ao te ler que já virou rotina. É abrir a página e esboçar um sorriso enorme pela sua inspiração que não é desse mundo. Você é feita do mesmo material que eu, mas nem em mil anos eu seria tão boa em me mostrar. E é por isso que eu amo as complexidades da vida, e as singularidades dos seus textos, do jeito que são.

Maria-Elis-Fran-Quaresma e sua vida em Atos: O seu teatro é o palco das minhas apresentações. Eu atuando no mistério de se ter você. Eu soturna e você, dia quente. E no fim do texto, dos aplausos, luzes apagadas e cortinas fechadas é que se descobre que você é você e eu sou eu. Porque durante a leitura, meu amor; eu sou todo o sentimento que você quer passar.

E eu poderia dizer a vocês um caminhão dos amores que carrego em mim, mas por hoje, eu só quero agradecer a alegria que é encontrar na virtualidade das coisas palavras/sentimentos/amores/amizades tão reais.

Eu agradeço aos meus seguidores, aos blogs que sigo e a todos que dedicam, nem que seja, 5 minutos da sua semana para ler o que eu escrevo. Eu amo tantos outros autores... Mas hoje, nesta quinta-feira, é para elas que eu quero falar.

Doce lembrança.

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A rua se estendia larga diante dela; o passeio molhado da chuva e os já quase derretidos pedaços de granizo mostravam o perigo do local.
Madrugada, 3 horas, e a menina parada na esquina decidindo se voltava para casa ou seguia em frente.
Era sempre assim, uma decisão estalava na cabeça e logo ela arrumava as malas e vestia sua roupa tecida de coragem e doçura. Era corajosa, é verdade. Exalava doçura, é verdade. Mas era tão ingênua feito margarida que nasce no asfalto.
Olhou o relógio e viu que não dava mais tempo, ficar parada ali esperando o nascer do sol não fazia sentido e atravessar a solidão da noite sozinha dava medo.
Piscava feito louca e a escuridão, nem por um triz, amenizava.
Era ela, sua mochila, seu desejo e a rua larga.
E foi... De cabeça cheia, de coração pulsante, de alma aberta.
Foi porque se voltasse não seria ela, seria qualquer uma outra.
Uma outra de trança nos cabelos, óculos fundo-de-garrafa na cara, blusa listrada laranja e calça jeans surrada.
Ajeitou a mochila no ombro esquerdo, respirou fundo, tirou a franja dos olhos e deu o primeiro passo do resto da sua vida.
Eu nunca mais soube da garota após aquela noite, mas quando penso nela parada sozinha na rua, no dia mais frio do ano 1993, eu sorrio tranqüilo. Pois sei que menina, mesmo perdida no tempo, está bem.
- Muito bem e feliz.


Só uma coisinha para a 
67ª Edição Conto/História 
do Projeto Bloínquês.

Eu não sou má; eu sou perversa.

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E quando eu penso que já vi tudo descubro um punhado de coisas que me foram escondidas.
E a certeza vai embora feito o vento que alegra meus cabelos quando me dou à sentar na varanda.
Na varanda de mim, na escada de mim, nos meus alicerces... e como são fracos!
As minhas verdades todas postas bem ao lado incomodam; as minhas máscaras viradas sobre a mesa incomodam; as minhas armaduras enferrujadas na parede incomodam e todo o resto aqui dentro que não anda nem desanda, incomoda.
É como vomitar sem ver o quê, como botar para fora sem olhar na cara; é como ser sem existir. E isso eu faço bem, não existir em mim.
E feito produto tóxico queimo tudo ao redor.
Só abrindo os olhos é que eu percebo que o vento que alegrou os meus cabelos era bom antes de tocar em mim.

Cristina.

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Por Alan Veloso

Cristina é rosa delicada de pele macia e jeito doce.
Cristina é bela e tem olhos lindos, cheios de charme com olhar para tudo.
A de ser doce, a de ser suave. A de voar pelo céu e chorar amanhã.
A de ser sincera, a de abraçar o mundo. De "A" para tudo, ou quase tudo.
Por ser eu um coração que ama, e o outro, um coração que te quer, escolhe pois tu mulher o verdadeiro dono de tua paixão.
Sendo eu ou ele quem escolhes?
Se ambos te amam com um amor sem fim, assim fica
Ele com você
E você sem mim.

Um dos mil textos que o meu amor-amigo me escreveu anos atrás. Sinto tanta saudade da minha porra-louca que só escrevendo uma pequena parte das nossas singularidades, e história, eu consigo amenizar esse aperto no peito.
E nessa brincadeira 
de me acompanhar até 
em casa já temos 5 anos 
da mais pura amizade. 

Sem saída.

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Depois da minha experiência de quase morte da noite passada não consegui manter a cabeça no lugar.
Mesmo ainda estando abalada, com dor e enjoada eu poderia ter feito mais para estar lá agora.
A prova de química será cruel, mas o medo não é esse.
Se eu chegar perto de sofrer dos sintomas que me afligiram ontem não vou suportar.
Não sou chorona, sabe? Mas que a vontade de chorar tão alto para que todos ouvissem veio à mente, isso veio. O que faltou foi a lágrima para cobrir os olhos, faltou também o fôlego para fungadelas.
E nessa inconstância que estou agora, nessa agitação frenética que é o meu corpo eu vou tentando ficar melhor e não pensar que tudo pode se repetir.

Por outras vozes.

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"Você sabe que não há nenhuma necessidade de se esconder.
Você sabe que eu digo a verdade,
Nós somos exatamente os mesmos.
Eu posso sentir tudo que você faz
Tudo que você diz,
Mesmo quando você está a milhas de distância
Porque eu sou eu, o universo e você."


KT Tunstall - Universe & U


Kiss me, Deivid!

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Estou desenhando bocas no meu caderno cor-jeito-capa-de-beijo, amor.
Essas bocas vermelho-cereja ficam me olhando e dá vontade, amor.
A decoração é linda! Essas bocas minhas assim na cara enfeitando palavra me sobe à cabeça o desejo dos beijos que só a sua boca na minha sacia a vontade.
Eu olho o contorno dos lábios, amor. E vejo sem perceber os seus dentes brincando de mordiscar minha boca pintada com o meu melhor batom.
Sorrio com graça, amor. Aquele sorriso de final de beijo, o sorriso de final de amor que você tem enquanto me olha deitar no seu peito quente.
Estou desenhando bocas no meu caderno cor-jeito-cara-de-beijo-bem-dado. Pensando em você, amor. Pensando nesse nosso amor sublime e nesse meu demonstrar estranho.
Sonhando acordada para te trazer para perto, fazendo biquinho para te ter comigo.
E essa é a minha forma de dizer amor, amor.


Para lembrar dos meus mil beijos e jeitos de fazer você sorrir.

Profano.

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Qual é o teu segredo? Do que você tem medo? Não sou nenhum brinquedo que pode se quebrar!  ♪ 
Entre notas e sussurros, Alexandria, 331 a.C.

Ainda escuto as suas palavras ressoando em meus ouvidos. Você tocando o instrumento musical enfeitiçado que me torna, pela música, carcereira e prisioneira deste amor.
Sim, eu tenho medo. E mesmo que a minha caligrafia ecoe em canção no mais profundo dos seus versos, eu serei ainda para ti um mistério.
Reflito na fantasia que são as nossas cartas, bailo tranqüila na partitura que é você vindo ao meu encontro.
E após tanto tempo somos o mesmo corpo escrevendo em poesia, as mesmas letras que protagonizaram a vida que tivemos juntos.
Eu poderia te dizer em prosa, poderia lhe fazer em conto, mas escrevo sincero para você encontre o selo que há em mim. 
Parto para longe feito esta carta e que os momentos alegres e tristes sejam a trilha sonora do nosso futuro. 
Sim, eu tenho um segredo! Mas a verdade é negra demais para que eu a jogue em sua face. Vou assim sutil como criança fazendo doce para revelar travessuras. E vou mulher encarando o destino que nos foi cruel.
Que eu deixe de falar implícito! Eu sei que você é homem forte e não um brinquedo frágil; suportará o meu veneno sorrindo.
Sinta agora a minha orquestra invadir sua alma e eu deixarei você seguir sozinho.
Adeus, eu não digo; mas confesso o que sei há anos: somos irmãos de sangue e carne.




Para ti, meu maior pecado.
Da sua sinfonia do amor.

41ª Edição Cartas Bloínquês.

Complexo desatino de viver o amor.

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Eu acordei fora de órbita hoje, tomada pelo descaso que vira e mexe me assombra.
Você querendo explicações por eu não estar seu bichinho manhoso e eu, tentando lidar com a minha falta.
E isso faz dias, é verdade. Essa vontade de não te ter por perto, esse prazer em ficar só.
Quantas vezes eu quis desligar o telefone e dispersar a sua voz; dispersar da memória a lembrança do seu olhar que devora o meu. Quis esquecer quem nós somos e me prender na realidade que agora envolve minha face - a mulher sozinha com seu espelho.
Como andarilha da estrada que desejei para nós vi meus pés seguirem outros passos. Passos distantes do amor que ainda sinto, passos ausentes do calor que foi seu guia. E tudo que eu vá dizer será insignificante, as palavras que me cabem já não me pertencem. Pertencem todas ao rapaz que é meu por direito e coração.
Coração que bate vivo em você, que sustenta a fraqueza que me dá em não te beijar agora, e que sorri das minhas birras e do meu jeito mal criado.
Pois louca eu sou em duvidar de ti, meu bem. Louca por camuflar, entre sorrisos faceiros e acenos de mão, a certeza que é a sua presença em minha vida.
E se eu acordar fora de órbita amanhã, tomada pelo mesmo descaso que vira e mexe me assombra, não tema!
Você é o único encaixe feito pra mim.



- Porque depois de 1 ano e meio 
amando o mesmo homem
 você precisa reconsiderar.
 
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