Clara Ana mulher Meneses detestava a angustia da prisão de se doar a alguém. E leva no sossego da alma os beijos adornados do não-amor, do desejo fugaz.
Desesperou-se o Lucas Pedro Almeida de Freitas, lançou palavrões ao céu gruindo ódio, salivando raiva por perder a loura queimada de olhos acastanhados.
Esperou dez minutos, secular, perguntando-se ela se tudo não fora trabalho maquiavélico da sua imaginação, ou então, se não fora um grupo de hormônio sapecas lhe pregando uma peça?! Sabia, porém no fundo de si onde os sonhos arquitetam-se emergindo, depois do esforço, à realidade que havia sido tomada por completo pelo amor de corpos, corações e vidas eternas.
O Sr. Almeida pediu licença a moça com a qual havia iniciado meio diálogo saindo correndo, traspassando os corredores de livros empilhados até encontrar o lugar onde sua Aninha, gentilmente, pegara um livro.
O buraco na estante, minimizado por um exemplar velho apoiado a outro, guardava um objeto brilhante que fora deixado para trás propositalmente.
Dentro da Clara ardia a chama da certeza do sucesso. Não resistiria a uma vida sem o Lucas, mesmo que ainda desconhecesse isto.
O Pedro-Lucas-Pedro capturou o broche em ouro branco em forma de um meio coração.
Sentiu como se houvesse encontrado o bem mais precioso: o complemento do seu Eu.
Mais uma vez a Ana olhou ao redor, mas escolheu um lugar improvável de ser encontrada.
"Será que ele não viu o amor em seus olhos?"
Abaixando a cabeça, fechou as pálpebras vagando no tempo-espaço.
Estremeceu!
Um toque em sua mão provocara-lhe um ardor agradável. Os mesmos dedos percorreram sua face, seus lábios.
As palavras perdiam-se dentro dela, mas sabia quem a estava tocando.
- Pertence a você?
Lentamente Ana Clara abriu os olhos e sorriu... sorriu... e sorriu.
Sem desviar, o menino-homem da Ana devolveu a pequena metade complementando o coração na gola da sua blusa.
- Te devolvo esse, mas o outro que me destes com o mar castanho eu carrego no meu e fica aqui o meu no seu.
E a Ana disse:
- O seu no meu, você e eu... você e eu!
Eles não vacilaram, souberam a partir do instante em que se viram. Não pensaram no futuro, não projetaram a vida.
Desfrutaram apenas o olhar um do outro e há quem diga que a Clara morreu olhando o Pedro, e que o Lucas morreu namorando os olhos da Ana.
- Texto de 30 de Julho de 2009 - Modificado.
PS: Descobri que tenho sido constantemente plagiada. Ainda não achei os blogs, mas eu tenho um rastreador de texto, então, será apenas uma questão de tempo. Isso é só um aviso, porque quando eu achar os realizadores dessa façanha as coisas ficaram muito mais complicadas.
PS: Descobri que tenho sido constantemente plagiada. Ainda não achei os blogs, mas eu tenho um rastreador de texto, então, será apenas uma questão de tempo. Isso é só um aviso, porque quando eu achar os realizadores dessa façanha as coisas ficaram muito mais complicadas.
4 Comentários:
Mentira né? Plagiando seus textos?! que coisa ridicula, argh! Mas não deixe de escrever não viu ;)
Hey, é eu também sinto falta de escrever, estou pensando em abrir um blog assim só para meus textos sabe, voltar a fazer essas coisas, nem que sejo só para mim, quando eu fizer te mando o link!
beijos, isa.
E.. ai mulher que triste o texto triste e lindo, mas oowwn :~
Olá Bell
Pelo contrário não me ofendeu, não, só quis explicar ... imagine!!
A proposta do blog /Outros Fragmentos
é mostrar o texto que desencadeou a idéia do meu texto, talvez esteja aó o motivo pelo qual vc achou o poema grande... Mas certamente encarei como uma crítica construtiva.
beijoss
Relax !kkkk
Que bonito, seu texto conseguiu ser tão poético, fluiu tão bem, parabéns por essa capacidade!
E obrigada por acompanhar meu blog e segui-lo há tanto tempo. Espero que possamos compartilhar muito mais postagens :)
Beijos.
"...o complemento do seu Eu."
Amei amei amei. Você escreve muito, cara :D
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