Começo a bater inquietamente as unhas sobre a mesa. Fecho e abro o zíper do estojo. Analiso as palavras escritas com pincel preto na lousa branca; todas elas parecem destorcidas. Desenho uma careta engraçada na carteira enquanto faço bolas com a minha goma de mascar.
Aceno para as pessoas que passam na porta. Solto beijinhos para os meninos que eu costumo abraçar. Minhas pernas já não ficam tranquilas e o meu corpo se recusa a relaxar.
Verifico se eu tenho tudo o que preciso para ir embora. Vejo pela janela o carro estacionado, pronto para seguir viagem. Dou um sorriso ameno para o dia lá fora e fico esperando o sinal tocar.
Escuto sussurros de uma pergunta que alguém fez; animo-me com a resposta eficaz do professor.
Vejo meus colegas arrumarem seus pertences, esperando nesses míseros instantes numa aula rebelde em terminar.
Sinto sono. Levanto-me para despertar. Caminho no fundo da sala. Coloco o rosto por um dos vidros abertos e me deixo distrair. A paciência sorrir e vai embora num golpe só. Procuro por uma brecha maior onde possa respirar um novo ar. Não encontro nada. Apenas volto e sento no meu devido lugar.
Colo o chiclete embaixo da cadeira. Atiro tudo meu dentro da mochila. Corro em direção a porta percebendo todos os olhares espantados. Numa atidade rápida e confiante, antes de bater a porta e voltar para casa; eu digo num ato de glória: -
Ps: Me estressei nessa aula, precisava desabafar. u.u
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