Pôs sobre os ombros os fardos do mundo e dançou cambaleante perante suas verdades.
Tudo era um sonho. As cores azuis, amarelas, roxas e vermelhas lhe encobrindo a face e as pinturas mal feitas a refletir no espelho.
E riu. Gritou estérica o suicídio iminente e gargalhou da própria insanidade.
Ela era ela, toda ela e outros seres. Era um casal apaixonado e o nojo da lida. Era a nudez da pele negra que deitava em seu leito à noite; e vibrava à doçura dos filhos brancos que possuía.
E riu. E a imagem no espelho sorria em resposta, provocando-a, atiçando-a, revirando na mente e no estômago seus mais obscuros desejos.
E seus segredos, que já não eram mais seus, escoaram casa afora tão intensos e puros como o sangue que tingia suas mãos.
E riu. E assim era ela. Toda a morte e a perda que trazia no âmago.
Texto sob influência direta da minha Diva e Mestre Clarice Lispector e seus Laços de Família.
5 Comentários:
ela tmb eh minha diva rsrs.
adorei o texto!
beiiijo
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NOSSA, fico sem palavras lendo esses seus textos <3
tudo tão bem escrito, tão simples de ler, mas que me deixa um tempo pensando.
se cuida :*
Não da nem pra comentar teus textos, são tão ... Enfim, lindo!
que texto lindo! MEU Deus, eu amei.
Dizer que é tocante é pouco.
Atinge a alma.
Incrível, amiga.
=*
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