Inventando Moda.

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Hoje eu estou toda beijos, sorrisos, mãos e trejeitos.
Toda serelé-pom-pom;
menininha besta.

Hoje eu estou toda novidade, toda mente no espaço.
Toda senhora cortesia;
cheia de pés no asfalto.

Hoje eu estou fora de mim, fora de quem sem além!
Toda distribuindo olhos de poço raso e
vivendo gostoso de forma irracional.

- Quando o café chega na corrente sanguínea é isso que dá.

Chatices à parte.

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Eita menino chato
Que fica todo enjoado
Quando não me vê.

Eita menino chato
Que fecha a cara e faz bico
Quando não dou atenção.

Eita menino chato
Que resmunga baixinho
Quando não tem um beijo meu.

Eita menino chato
Que de tanta chatice que tem,
Deixa menos chato o meu coração.

Para o chato, emburrado; namorado meu...

Correspondência antiga.

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Salvador, 26 de Outubro de 2010.

Caro T.,

Algumas palavras não foram criadas para brincar na boca dos homens; não deveriam ser pensadas e não podem ser pronunciadas.
Se fôssemos sábios, algumas palavras ficariam presas em seus verbos, em suas terminações imperfeitas ar, er, ir.
Sempre no futuro, inalcançáveis por serem individuais. Não todas as palavras obviamente, só algumas.
Àquelas palavras infiéis, dolorosas, mentirosas, ilusórias; palavras enraizadas no coração tolo que não gera semente fértil capaz de fincar o coração do outro à mesma terra.
Vai parecer estranho, depois de tanto tempo, você ler isso. Não sou corajosa, nunca fui. Guardei em mim um amor maior do que eu podia suportar.
Tentei rabiscar-lhe palavras honestas, mas a tentativa não passou de um querer leviano, como agora...
Toda a gramática é ingênua, menino. Infantil perante a cobiça dos meus olhos, cheia de meninices sobre a face das nossas conversas.
Demorei a entender que este amor permaneceria, para sempre, com a locutora. Não culpo o meio usado tão pouco, à distância.
Era as minhas armas, a minha chance, o canal que me ligava a você; e eu os usei como e até quando pude.
Machucou, é verdade. E continua ardendo feito ferida mal cicatrizada. Olhar-te, mesmo de longe, sabendo que os seus lábios são de outras que te amam menos, é enlouquecedor.
Platônico, esse amor que tenho. Apenas meu.
Talvez um beijo cure o que eu sinto ou talvez, o tapa nunca dado na tua face por amar a minha melhor amiga.

Da engenheira que  não cursa Elétrica.
Para o garoto que ama sorvete de flocos e futebol com os amigos.

OFF!

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Gente, eu estava aproveitando meu final de semana numa praia maravilhosa. Não preparei nenhum texto, não rabisquei nada. Estou tão feliz que malmente caibo em mim. Em breve trarei novidades em textos. Quero agradecer o carinho de todos e cada comentário. Responderei assim que possível. Por enquanto vou aproveitar cada alegria das células do meu corpo e deixar brilhar mais forte a luz dos meus olhos. Beijos seus lindos.  [Fiukando: Eu amo vocês! haha]

Cortado e ingerido.

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Saibam apenas que algumas coisas existem e outras coexistem. Que pessoas amam e outras amam absurdo; que algumas ferem passageiro e, outras ferem pra durar. Que pessoas são parecidas com outras pessoas, que pessoas querem ser iguais a todo mundo e que pessoas são [algumas] singulares até nas similaridades.

- Eu não sei fazer piada com a dor, muito menos com a minha.
{Fragmento adaptado do texto "Segunda é dia de feira? para o blog Insensatez.}

Choro e Riso.

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Eu abro os olhos pela manhã e vejo você dormindo, sorridente, despreocupado.
Contemplo a sua face, admiro teus cílios longos que são engraçados em um rosto tão masculino; o contorno perfeito dos lábios, a cor da tua pele branca contrastando com a minha pele morena e involuntariamente, me vejo brincando com os dedos em cima da tua cicatriz na base da sobrancelha, herança das tuas travessuras de criança.
Fico em paz! Por ter-te comigo e por achar alguém com um nariz igual ao meu.
Não pergunte os motivos dessa necessidade que tenho em arrumar as malas e partir para longe. Às vezes desconheço a causa do que me faz agir assim, mas nós dois sabemos que não fui feita para grilhões, algemas, amarras...
Pisco para escorrer as lágrimas que mancharam teu rosto e te beijo. Você continua dormindo e eu não consigo desviar o olhar; não consigo parar de agradecer àquele dia 22 de outubro onde você quase me beijou no corredor da escola me fazendo ficar com raiva por ter me deixado na vontade de te beijar. Lembro com o coração crepitando você deitado no meu colo conversando coisas que eu nem sei dizer agora, apenas para me manter ali, ao alcance.
E foi nessa tangência, aos olhos distraídos dos espectadores, que finalmente você beijou a garota; a sua namorada. E tem dado, desde então, toda a sua reserva de sentimentos.
Você ainda sorri, e agora eu choro de alegria e amor; você ainda fica sério quando eu fico quieta e ainda leva susto quando eu te agarro nos momentos mais improváveis.
Somos diferentes! Esse é o tempero misterioso da nossa "cozinha".
Que outro rapaz agüentaria minha rispidez, raiva, medo e carência sem perder a calma?


- Eu te amo, meu rapaz. E esse é só o primeiro de muitos anos que temos para viver juntos.
{Texto ao som de Amber - 311 e Regina Spektor - On The Radio}

O vocabulário da vogal " i "

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Pensei em avisá-lo, mas achei melhor que ele mesmo descobrisse. Abri caminho para a novidade e ele entrou sem pedir licença; entrou tão grosseiramente, que nem bateu na porta e quando dei por mim, já era tarde.

O amor é iludível e ilídimo.
Passional quando o sentimento é ínclito; incompreendido quando parte de uma alma solitária.
Há pessoas incólumes às palpitações descompassadas características do coração dos mortais.
Há seres ígneos por natureza. Provam do amor como se este fosse iguaria de restaurante chique, mas são ignorantes. São superficiais e indelicados com o substantivo em questão.
O amor é iluminador, iletrado, imaculado, ilusionista, imbecil e impassível. Sensível, às vezes. Infiel por determinado tempo.
É imparcial a depender do homem; impecável aos olhos das mulheres.
O amor é também imigrante e impopular. Ora apresenta-se implícito, ora é deveras impetuoso.
É obra inédita no ser juvenil; inequívoco.
Não pode ser indivisível, muito menos infeliz.
É inegável a complexidade do amor e dentre todas as vertentes, juntando todos os seus desdobramentos, eu tenho como verdade incontestável: o amor indolente é desnecessário e o amor sincero, insubmisso.
- O amor é sempre sublime para os que o enxergam, para os que acreditam e para aqueles que sabem viver o momento intensamente. É maldoso quando egoísta...
- Guarde as minhas palavras seu moço, para amanhã ou depois você não dizer que eu não avisei.


Alice, esse conto é bem diferente daqueles que você costuma ler. É a minha marca pessoal, a minha forma de contribuir. Não sei seguir padrões, mas também não vou fugir às suas regras. Espero que tenha visto nele o mesmo que eu: uma história de ensinamentos. Beijos e Queijos.

Não ter.

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Caro rapaz,

Tenho estado sem palavras. Palavras para descrever o quão doloroso é o meu mundo.
Já rasguei tuas cartas, já joguei fora os teus cd’s e tirei da estante todos os porta-retratos com as tuas fotos; nossas fotos.
Amarrei o cabelo, roí as unhas, apaguei a tatuagem. Só para te afrontar, apenas para te ofender; para te trazer de volta... Mas sou incapaz.
Tenho estado calma. Essa minha letargia incomoda o meu novo rapaz, mas o que fazer? Toda a inquietação em mim saiu vida afora pela porta dos fundos com você. Traiçoeiro como o vento marítimo, imprevisível como a onda do mar assim tu és. Inescrupuloso; e toda essa distância, essa falta e essa dor, mastigam minha língua ferida pelo meu veneno letal.
Tenho estado sem estado. De espírito, de endereço; sem sobrenome.
Presa na própria teia que construí. Forçada a seguir por caminhos que não são meus.
Guardando comigo os dias de amor, as lembranças das conversas, a cadeira de balanço no sótão que foi herança do seu pai e as duas peças de roupa sua no armário.
Tenho, portanto, o que restou: esta carta. Escrita nas sombras verbais, composta pelas lágrimas que regam as flores ainda meninas, do agora meu jardim. Flores que crescem inocentes do que um dia você foi; serão pois enfeites do teu túmulo.
- Até hoje eu só perdi uma luta: contra a morte.

Para o amor que foi embora antes de me fazer existir.

Os outros.

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Já conheci muita gente, gostei de alguns garotos. Mas depois de você, os outros são os outros.
Ninguém pode acreditar, a gente separado; eu tenho mil amigos mas você foi o meu melhor namorado.
Procuro evitar comparações entre flores e declarações; eu tento te esquecer.
A minha vida continua, mas é certo que eu seria sempre sua. Quem pode me entender?

Depois de você, os outros são os outros e só.
São tantas noites em restaurantes; amores sem ciúme. Eu sei bem mais do que antes...
Sobre mãos, bocas e perfumes. Eu não consigo achar normal meninas do seu lado.

Eu sei que não merecem mais que um cinema com meu melhor namorado.
Leoni.
Eu quero agradecer a todos os meus seguidores por me ajudarem a chegar até aqui. Estou com 108 *-* e a cada dia mais pessoas conhecem o meu trabalho. Comentem, deixem os links dos seus blogs, mandem nem que seja, um sinal de fumaça. Para que assim, eu possa retribuir o mesmo carinho com que tenho sido tratada. Gostaria de agradecer à Barbarah Serrano do blog Noor dos Olhos pelo selinho. Sou apaixonada pelo Leoni, só para constar. Beijos a todos.

Protótipo.

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Camaçari, 07 de Outubro de 2010. 
"O meu mês da verdade de Deus."

Olho a borboleta estampada no lençol da cama e penso nas cores dos dias de sol da cidade de ponte baixa e orla de água doce, marola de rio.
Vejo sobre a cama o perdão que nunca tive das injúrias que professei ao céu e dos meus atos pecaminosamente carnais, estendido igual à coberta macia, sob minhas pernas, com cheiro de flores silvestres do amaciante que minha mãe usa.
Arrepender-me das loucuras com paixão e sofrer pelo mal que fiz bem feito será lembrança vaga de uma ação que existiu, por 2 segundos, na memória; sem o devido tempo-espaço de consumir o coração dormente.
Sinto-me honrada mesmo assim. Até quando não permito que os dizeres abençoados do Criador encontrem eco na minha garganta. Até quando não me prostro em martírio eterno por ser leviana.
Ah, menina; sei que compreendes. Tu que assim como eu, enfrenta os teus próprios demônios vestidos de anjos todos os dias.
Não queria me meter com as cordialidades do nosso mundo globalizado, mas ter-te perto enfeitando a tela da minha janela, é bom demais da conta. E sei que em matéria de pecado social andamos juntas.
O teu se dá no amor diferente, e o meu, na solidão dos passos; passos ritmados emparedados por artérias.
Se cartas precisam de selos, essa ficará oculta pelas folhas intactas deste meu mundo alienado. Mantendo a rasura que é marca natural da personagem cuspideira de verbos.
E se carta, esta aqui, não for; selarei os versos com atestado estadual, ansiando o brilho dos teus olhos fundos ao contemplar a força imperativa dos desejos que devoram os dedos corrompidos.


- O perdão vem de Deus e o arrependimento procede do homem. Mas quando não há esse entendimento, é obra de quem? Do diabo?

{Sem destinatário. Fica para os que, assim como eu, 
desentendem-se com o perdão e o arrependimento.}

Complicações.

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"A mente domina a matéria"? - Nem sempre!

Metaforicamente falando, sinto apenas o que vejo.
O calor jovial das crianças que brincam tranqüilas no quintal de casa.
O amor do casal maduro; sobreviventes da banalidade sentimental desse nosso mundo globalizado.
A alegria da mãe passiva, atenciosa ao banhar a cria num dos tantos braços do rio.
Metaforicamente pensando, eu sei ser livre.
Como as moças fogosas que se entregam em paixão descontrolada.
Como o beijo que não escolhe sol nem chuva.
Como os gatos; seres de várias casas, e um só lar.
Ironicamente falando, eu perco o contato.
Deixo os de perto fadados ao meu tempo.
Deixo as responsabilidades pessoais debaixo do tapete do quarto; que apenas é visível para mim.
E o menino do meu coração a dez passos de distância da minha vida.
Ironicamente pensando, eu conheço as falhas.
As minhas, é claro! E a do próximo, também.
Ter um olho dentro de si e o outro no mundo esgota; faltará sempre o interesse na visão que leva a dor...
Uma mulher na idade, nos pensamentos e na fala, entretanto, vive a gritar ao léu a mocidade que não possui.
Pensa que engana o diabo, mas o diabo não é o que se vê refletido no espelho?
Verdadeiramente falando, eu sou louca.
A loucura é o doce do pote de vidro que mais gosto.
O melaço que deixa sujo esse meu canto profundo da boca.
O eterno teor alcoólico do vinho da ceia.
E verdadeiramente pensando, eu já não sinto o que sentia.
Em conteúdo.
Em prazeres.
Em amor.
Em essência.
Nas vivências.
Na mente;
Pelo espírito.


- A loucura que purifica o hálito, sem bastar, em si mesma.
{A própria foto é link do Weit.}

Estação da Lapa.

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Eu vi o menino sentado na velha estação da Lapa,
 cabelo colado no rosto e as lágrimas que escorriam sem pena, 
tingidas de preto. 

Ele me encarou assustado, 
sugando a minha paz, meu amor, meus sonhos. 

Abriu ferida em brasa nessa alma lassa,
 que já não sabia dizer os trens que seguiram viagem, 
as horas do dia, a época do ano; pior, 
eu já não sei dizer quem sou desde então.


Rebeca C. Souza
 
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