Fidelidade de meu Deus.

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Eu fico me perguntando se um dia volto a ser àquele edifício sem rachaduras, mas a resposta é simples, eu sei que não.
Mesmo com muita tinta e argamassa para colorir e tapar os buracos um prédio exposto aos efeitos do tempo não volta a ser novo.


- Para calar minha medíocre poesia.

Lavando da alma os nossos pecados.

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Por acaso, daqueles de deixar a boca sorrir sozinha, hoje a vontade veio e trouxe consigo o desejo de escrever.
Vontade súbita - quase muda - de encher coração, mente e folha em branco com a melodia ditada dos meus não versos. Ao som dos Beatles e com o pensamento nas conversas perversas e maliciosas de cada dia aceno para que a graça desse passado mais seu que nosso invada esse pedaço da noite.
É certeiro esse medo do futuro que se esgueira apressadamente entre nossas vidas mal entrelaçadas e é com convicção que me perco em outras vidas, de outros amores; mas que foram preenchidas com essas almas que tomam o meu e o teu corpo agora.
E por acaso hoje eu encontrei em cara com um nome que lembra o teu. Com um gosto que lembra o teu. E com os teus olhos de devorar meu movimento quando desfilo por aí de saia arrastando no chão.
E tudo, tudo mesmo, ganha um sentido diferente quando outras presenças e ausências cumprem esse papel de aproximar o meu caminho do teu destino incerto.
E afinal, como já era de se esperar, isso não é amor; é só saudade.



Não faz sentido para mim que sou de toda anormal. 
Imagina o estrago que não faz na cabeça desse pobre mortal.

Falando sem frases.

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Não vou falar dos meus defeitos.
Não vou falar dos meus conflitos;
Das brigas que tive ontem.

Não quero falar dos 'por menores'.
Não quero ouvir frases compreensivas;
E nem fazer parte do grupo de apoio.

Se eu quero o mundo?
- Sim, eu quero.
Se eu posso tudo?
- Sim, eu posso.
Se eu sou melhor que isso?
- Sim, eu sou!


Para o meu relógio que não pára de tiquetaquear!

Vertendo amores e desamores.

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Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci.

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mas nem porque
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você.

Quando talvez precisar de mim
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz.

Olhos nos Olhos - Chico Buarque
Essa música sempre me emociona. Em todos os momentos da minha vida ela tem algo para fazer amar, doer, sorrir e chorar dentro de mim. Então, humildemente, eu venho compartilhar a genialidade do Chico e os prazeres que tenho ouvindo seus versos.

Tristeza tem nome e endereço certo.

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Para borrar a tristeza é que se fez a canção de dias melhores. Para pintar o cordão da mente sincera é que se fez o interruptor e a luz.
Para matar a saudade dos braços quentes em noite de frio é que se fez o amor e a ternura dos teus olhos amarelos. Para calar a boca exausta do amor de novela é que se fez a criança antipática e a palavra direta.
Para essa vida que não pára é que se fez o relógio de pilha e engrenagem quebrada.
Para mim que não faço sentido, casa, beijo, amor, moradia, planos, amigos, desejos, filiação e contato é que se fez coração e poesia.


Poesia é a única beleza desse meu dia.

Fantasiando desejos.

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Nenhuma palavra é verdadeiramente boa para este momento.
Nenhuma lembrança é tão intacta como as que tenho.
E nenhuma ganância é mais traiçoeira quanto essa de te ter por perto.


O que eu não disse antes.

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Minha flor, Lírio azul.


Escrevo-te os meus versos sinceros com o coração no bico da caneta. Sei que preferes tudo assim: sentimental por exagero.
Sei o quanto errei em não te mandar a sua tão sonhada carta, mas meu ser é pequeno em dimensão e sou criança nas palavras. Não haveria em mim o conteúdo necessário para relatar o que tenho feito e o quanto tenho sofrido com a sua ausência.
Lembro os dias de sol em que ficávamos deitados na grama do campo atrás do seu prédio e de como os olhares das pessoas chegavam flamejantes em minha pele. Como se deitar no campo a céu aberto fosse o maior e o pior pecado de todos. Mas e daí? Esses foram os nossos momentos!
Consigo identificar ainda o seu cheiro. Não sei explicar, é verdade. Mas toda vez que me sento
no banco velho da praça do centro da cidade é como ter você ali. Como se a madeira, estranhamente, tivesse absorvido seu perfume e deixasse exalar ao me sentir sentar.
E como eu gostaria de abrir os olhos nos meus momentos de divagações e ver o seu sorriso, o único sorriso que me faz sorrir por dentro...
Reconheço o quanto fui insensato e como precipitadamente abandonei o sonho de te ter 'pra sempre'.
Só que antes eu não sabia que se pode verdadeiramente ter alguém assim.
Recordo também do seu lenço soado no bolso da minha camisa cinza-claro. Ele continua guardado depois de todos esses anos, tanto pelo esquecimento que me dar tirá-lo, tanto por querer algo seu.
É insuportável pensar que de todas as suas coisas, apenas um lenço sujo restou nas minhas coisas.
Da próxima vez eu vou tratar de guardar uma calcinha. Calcinhas são muito mais interessantes que lenços, e você sabe!
E pode até parecer piegas:continuo te amando.
Eu fui muito mais o espinho do que a terra fértil para você florescer. Mas amor é amor e pouco importa a cara!
Essa é a minha última carta. Àquela carta que escrevi quando entrei no ônibus. A carta que você adulou que eu mandasse via Sedex. Mas diante da própria dor, um homem precisa se calar.
Então, calo-me!


Do seu Joel,
Para o meu eterno Lírio.


Marie, apenas te amo.
E tudo isso é porque amanhã 
começa a última semana do outono.
A mesma semana em que
há 20 anos eu te beijei.
{Foto - Regina Spektor}

à toa.

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Sim, é engraçado. A minha dor, o meu tormento, o meu medo. Todo o sentimento aglomerado aqui dentro esperando o seu sorriso para explodir.
Sim, é engraçado. A minha incoerência e as palavras que saem trocadas, por reflexo, presas no docemente maquiavélico sorriso que tens quando me ver fugir.
E sinto que não sou forte, que não sou suficiente em mim para bastar ao meu coração carente... 

E sinto a graça, vejo a graça e danço em graça por ser assim.
Sim, é engraçado. Muito, muito engraçada a minha ironia que nada mais é que um aceno de cabeça, um floreio com as mãos. E você gargalha descontroladamente...
E boba, confusa, tímida e sincera me deixo perder de vista e me encontrar no teu colo, minha moradia há anos.
E mesmo nessa tangível diferença que nos move, a sua vida é uma infinita colisão com os caminhos que escolhi.



 Sem os meus mil significados, só um conglomerado de palavras.

Palavras de todo dia.

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Estou amando meus sonhos, meus planos e objetivos. 
Namorada do meu futuro incerto e do braço forte que sustenta meu edifício.
Completamente presa na loucura que é o seu sorriso lua cheia. 
E volto dia e sou noite.
Irrevogável!
Indolente!
Menina de pés no chão e mente no espaço!


Coisa velha, coisa boa, coisa minha.
 
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