Ora pois, é chegada a hora de arrumar as malas, ganhar estrada, partir de mim. De coração aberto, desejo livre e pensamento leve dou o primeiro passo.
Saio de mãos abanando porque dessa vida que até aqui vivi quero apenas a certeza de que qualquer possibilidade é bem-vinda feito o Sol acondando manhã após manhã.
Ao bater o portão e ir em direção ao que me espera logo ali adiante vou me despindo silenciosamente das cicatrizes do tempo. Faço o meu strip-tease da alma onde peça após peça, encaixe depois de encaixe, composição e outras coisas viram cinzas de um passado que não me pertence mais.
Eis assim o nascer! Do corpo, do espírito agora novamente jovem, dos olhos que sorriem curiosos e da mente que figura abstrata, virgem.
Um nascer solitário, sem registro, companhia ou observador; um nascer sem nome, nascer que existe e despreza rótulo, convicção, admirador.
Dou-me a outras formas tão distintas de quem eu era que me espanta toda essa inovação por décadas escondida. Dou-me a tantas coisas e cores e conteúdos e planos e essências que em essência caem melhor sobre mim que essa casca que visto. Corto a casca ultrapassada para esse meu futuro de agora e soa cruel me ver tão exposta, tão eu, tão nua.
Ora pois, a hora chegou e ela partiu! Deixou-me esperanças de felicidade, ânimo para enfrentar os infortúnios da vida e um jeito inocente de crer que qualquer possibilidade é bem-vinda.
280 postagens e um amor que não finda.
2 Comentários:
Querida, o melhor a se fazer quase sempre é buscar o horizonte quando onde estamos não está bom. E sempre, sempre há um horizonte. Cicatrizes somem quando a gente dá vazão a novos sentimentos. Aprendi isso numa viagem intensa dentro de mim mesma...
Saudades daqui! Desculpa ter sumido, faculdade, sacumé! Beijo
http://biacentrismo.blogspot.com
Ora pois, é bom partir. Buscar novos ares, novas formas, novos mundos.... Renascer!
:*
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