Se um dia o meu amor souber o quanto fui falsa, mesquinha e hipócrita em todas essas verdades que jurei sinceras, autênticas, minhas; ele me julgaria afinal? Me condenaria? Me colocaria em uma infindável cruz de agonia e dor que seria viver sem a sua presença? Sem esse amor que alimento, que guardo, que transformo, que tomo por meu sobre todas as coisas?
Me teria ele então como sua e faria das minhas loucuras, do meu desejo, da minha fúria um pote cheio de doçura com os pecados que cometi? Seria eu então merecedora desse ser maravilhoso que assim me quer: desdenhosa, imaculada, fria, falsa...?
Me quereria ele sorrindo dos defeitos que carrego, das marcas, das mágoas do passado algoz, astuto, destruidor? Me amaria no final, das contas, de mim, de tudo; do tempo que passa, que trama, que carrega: as mentiras, os desejos e quase os expõem e às minhas encenações de teatro, e que os tranca na mesma caixa insondável, inóspita e insana de quem sou verdadeiramente por dentro?
E a verdade faz sim de mim verdade porque me tece, me forma, me compõe, me exalta; me enrubesce a face com os beijos que ganho de ti e os beijos que roubas de mim. Afinal, amor é amor de todo jeito e se é amor, namorado meu, me terás então no fim por inteiro.
Palavra às vezes tola; palavra às vezes sã.
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3 Comentários:
E quem não iria querer você? Toda intensa e imensa.
Que texto lindo.
Parabéns pelo texto, amor!
Espero que este seja o ponto de reinício de seus posts bem à sua cara e à cara do blog: puramente 'verdades'!
Realmente tive que destacar isso; essa característica que remete ao título do blog.
Ótimo texto. Intenso; conclusivo; verdadeiro.. SEU!
=*
Que texto incrível! Sua escrita é apaixonante, eu adorei. :]
Um beijo.
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