Eu descobri que choro fácil.

1 Comentário
Uma lágrima escorreu pelo meu rosto bem na sala. Eu de frente para o quadro, o quadro reluzindo um pouco e a lágrima que não me deixava mentir. Outra lágrima escorreu pelo meu rosto e o quadro foi perdendo o foco, foi ficando distante, foi ganhando expressões e sutilezas através do meu olhar marejado.
Eu não entendi, eu não me entendi nesse momento. Não compreendi e nem aceitei quaisquer que fossem meus motivos para tal, para o choro. Eu não sou do choro. Eu nunca fui. Eu sou do riso!
***
Uma lágrima escorreu pelo meu rosto enquanto eu olhava para o céu. E depois disso, outra lágrima. E depois da lágrima, um soluço. E depois de tudo, um afago que senti no peito. Coisa estranha que se sente quando se está perto de Deus.
***
Uma lágrima escorreu pelo meu rosto hoje pela manhã. Escorreu enquanto lia um texto de uma amiga que amo muito. Um texto que falava sobre ausências e tristezas. Uma verdade que me fez sofrer mesmo estando longe. E eu não entendi, não me entendi nesse momento. Mas a vida é assim, sempre a pregar surpresas quando menos se espera.
***
Um dia caiu uma lágrima, outro dia duas, noutro dia um mar de água salgada fluía dos meus olhos. Em outro dia mais específico uma trovoada de soluços. E mesmo não entendo eu descobri que posso. Posso chorar e dar risada ao mesmo tempo. Porque nem sempre se chora de tristeza ou se ri de alegria. A alma tem seus próprios meios para se entregar... Desde então, eu descobri que choro, e choro fácil.

Natal e suas surpresas.

2 Comentários
Caríssim@ leitor@ e amig@ secret@, como começarei a falar sobre você? Como contarei essa história? Alguém aí pra me ajudar? Tem?! Rs.
A ideia do amigo secreto entre os participantes do grupo Blogueiros - A Elite foi recebida com entusiasmo da minha parte. A Yasmin Vizeu fez um bom trabalho :) organizando tudo e se empenhando para que todos os detalhes saíssem conforme o planejado. Então obrigada, Yasmin!
A pessoa que eu retirei no amigo secreto, cujo eu pude conhecer um pouco mais através dos seus textos, conseguiu me inspirar. É uma blogueira nova tanto na idade quanto neste mundo da bloguesfera, mesmo assim tem conseguido escrever com sabedoria, amor, dedicação e visando sempre seus ideais.
Vi uma pessoa forte, embora delicada. Nova, porém madura. Um pessoa que está aprendendo a lidar com os próprios erros e com as perdas e ausências que a vida têm lhe imposto. Temos coisas em comum, é verdade. Sou ex aluna do CEFET (atual IFBA) e ela tem seguido nessa jornada surpreendente que é o Instituição Federal. Então, eu só posso desejá-la boa sorte e dizer que cada experiência abrirá infinitas portas com infinitas possibilidades em cada uma delas. Saber escolher é a chave para o sucesso!
Gostaria de dizer também que esse caminho das letras é sinuoso, difícil, um autêntico caminho das pedras. E se assim não fosse não teria graça, não seria tão saboroso desfrutar do privilégio que é colocar em verso, ou prosa, ou em tantas outras formas o que nos é tão raro, tão nosso. Nunca desista do que te faz bem, ok?
Sem mais delongas eu quero desejar a Deise Lima um Natal repleto de surpresas, de bons momentos, de comunhão com as pessoas que fazem sorrir seu coração. E um 2013 ainda mais recheado de palavras.
Um beijo enorme, Rebeca Souza.

Açúcar mascavo.

2 Comentários
Colocou nos meus lábios nessa manhã um tanto nublada um torrão de açúcar mascavo.
Açúcar mascavo que é um doce não doce para mim que prefiro açúcar cristalizado, e ele sabe!
Colocou nos meus lábios açúcar sabor mascavo com o prazer de quem confia, com a certeza de quem ama e com a sorte de quem não precisa agradar para existir. O açúcar mascavo derretendo na boca e o dia ganhando vida. Os amores fincando raízes. A saudade doendo no peito. A leveza com a qual me sorri. O Sol surgindo enfim.
Ele sabe! Sabe que eu prefiro doces mais doces que o açúcar mascavo e sabe também que uma colher de chá dos outros doces basta senão enjoo. Mas de açúcar mascavo enjoo não. De açúcar torradinho enjoo não. De doce que não é doce, mas que adoça a vida e a boca enjoo não. De Maskavo não abro mão.
 – Não!
Um dia ele me olhou nos olhos com seus olhos negros e urgentes de quem tem fome. Esse dia passou pra mais de anos. E nessa minha manhã meio nublada seus olhos negros refletiam apenas seu amor de irmão.
O torrão derreteu, é verdade. Mas o açúcar sabor mascavo das suas palavras ainda tornam doces meus lábios e as minhas memórias.

Para o meu grande amigo Filipe Medeiros.
Eu também te amo. E é pra sempre, Maskavo.

Eu fui, eu sou!

Comente!
Eu já fui como vocês.
Eu já estive na outra margem à mercê
Eu já andei por esses corredores sem saber
Que qualquer forma de dizer ‘o quê’ é bem-vinda.

Eu já fui como vocês.
Olhos cansados mas quase nunca distraídos
Porque o futuro quando é aqui decidido
Desperta o interesse para o mundo que não nos foi apresentado.

Sim, eu já fui como vocês.
A mesma farda, o mesmo passo em falso
As mesmas perspectivas, histórias inacabadas
E o mesmo orgulho por trilhar um caminho tão difícil.

Eu fui, um dia, o que hoje já não sou.
Pois com a vida eu aprendi
Que a vida não pode ser aqui resolvida
Como uma sentença matemática.

Viver exige prática
Exige erros, medos
Exige sonhos para alimentar a alma.
Viver dispensa conteúdo programático.

E ser como vocês
Trouxe-me alegrias
Trouxe-me amores
Trouxe-me aonde tudo começou.

O mundo pede pressa
E eu lhes digo ‘tenham calma’.
Se descobrir é questão de fé e coragem
Por isso eis-me aqui como antes não...




Um dos textos para a III Noite de Poesia e Música - CEFET/CAMAÇARI.

Fotografia: O CORREDOR - CEFET/SIMÕES FILHO.
 
Licença Creative Commons
O trabalho About My Truth - Sobre As Minhas Verdades de Rebeca C. Souza foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em http://bell-aboutmytruth.blogspot.com.br/.
Podem estar disponíveis autorizações adicionais ao âmbito desta licença em https://www.facebook.com/aboutmytruth