"A tristeza é senhora
Desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura
A noite, a chuva que cai lá fora
Solidão apavora
Tudo demorando em ser tão ruim
Mas alguma coisa acontece
No quando agora em mim
Cantando eu mando a tristeza embora..."
6º dia: 14/09/14. Caetano
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19:06
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5º dia: 13/09/2014. Só um banho de Sol para lavar as mágoas.
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12:29
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Acordei preguiça demais pra levantar, mas levantei num susto e fui! Fui porque precisava ir mesmo com a melancolia tentando me dominar.
Moto-táxi, vento levantando o cabelo e cortando o rosto semi acordado. Me vesti para o combate: uma mistura de sereia rosa sensual e punk fatal do nordeste! rsrs No Lapa semi cheio com minha leggin bem colada, mochila nas costa e uma crença, dessas profundas, de que meu dia seria melhor, eu fui!
Reuniões, acertos, cortes e costuras dos meus trapos! Remendos. Eu colando os cacos. Eu fui...
Pessoas sorrindo, o Sol bonito inundando o sábado e meu espírito se abrindo, receptivo, para a toda a intensidade. Eu fui, continuo indo... Conversas com estranhos, risos. Continuo indo...
Barra! Casas, planos, escolhas, perspectivas. Gargalhadas. Horas e mais horas rindo de você, de mim, dos problemas dos amigos que estão tão na merda quanto eu! Confesso, foi divertido. Volto melhor, infinitamente melhor, pra casa! Pego um Lapa tranquilo dessa vez e volto dormindo aconchegada nesse dia bonito de Sol.
O choro, as crises, as indecisões e todos os sentimentos ruins que ainda me alcançam foram um mero detalhe diante da leveza do Sol sorrindo pra mim nesse sábado.
4º dia: 12/09/2014. Pausa
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10:59
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Os dias andam se misturando e eu já não sei bem onde um termina e começa o outro. Os sintomas são sempre os mesmos: choro engolido, fortes palpitações, estômago embrulhado, esgotamento físico, dor de cabeça, raiva, frustração, acessos esporádicos de ódio, pensamentos inúteis e amor.
Terça se misturou com quarta que se misturou com quinta que tudo que eu senti e sofri em nada difere de agora. E hoje é sexta de chuva...
Tenho recebido pequenos afagos de amor. Um colo disposto. Um sorriso sincero. Mensagens de paz. E meio segundo de paz é tudo o que eu tenho antes que as suas palavras-navalhas voltem a rasgar minha pele...
Queria desabafar as coisas ruins da vida pra diminuir meus pesos e angústias, mas eu me sinto ridícula. Tosca por estar sofrendo tanto assim. – Patética! Fico me desejando coisas boas na esperança do vento soprar ao meu favor, só que ainda é cedo. A solidão veio pra ficar, a dor veio pra fazer doer até os ossos.
Tenho medo de ficar a sós comigo. Eu sou dada a loucuras, minha obscuridade me assusta. Mas vou seguindo, amarga. Em algum momento isso vai passar. Eu vou sarar. Vai cicatrizar.
Amar machuca tanto que só amor pode curar!
P.S: Se eu não escrever qualquer coisa que seja eu vou surtar.
2° dia: 10/09/2014. De quem é a culpa?
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09:48
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ARRRRRRRRRRRRRRRGGGGGGGGGGGGGGGGGHHHHHHHHHH
RESPIRA
RESPIRA
RESPIRA
RESPIRA
Coração idiota! Idiota! I-D-I-O-T-A! Você aqui sofrendo e ele lá. Enquanto você sofre, ele lá. Enquanto você morre por dentro todos os dias, a cada hora do dia um pouco mais, ele lá. Lá curtindo a vida dele e você aqui, I-D-I-O-T-A! “Você não é idiota”, ele disse. Não? Você estava fazendo o que duas horas depois no roteiro, baby? No mesmo dia e no dia seguinte e no outro dia enquanto eu estava e continuo aqui morrendo por dentro?
RESPIRA
RESPIRA
RESPIRA
- Respira!
Enquanto isso o coração agoniza no peito.
RESPIRA
RESPIRA
RESPIRA
RESPIRA
Coração idiota! Idiota! I-D-I-O-T-A! Você aqui sofrendo e ele lá. Enquanto você sofre, ele lá. Enquanto você morre por dentro todos os dias, a cada hora do dia um pouco mais, ele lá. Lá curtindo a vida dele e você aqui, I-D-I-O-T-A! “Você não é idiota”, ele disse. Não? Você estava fazendo o que duas horas depois no roteiro, baby? No mesmo dia e no dia seguinte e no outro dia enquanto eu estava e continuo aqui morrendo por dentro?
RESPIRA
RESPIRA
RESPIRA
- Respira!
Enquanto isso o coração agoniza no peito.
1º dia: 09/09/2014: Fez-se inverno.
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12:10
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As minhas reflexões ficam mais amargas com o passar das horas. O exercício contínuo entre as áreas, unidades mentais e físicas, não me conduzem a uma melhora. O exercício me leva até você. O exercício me faz andar ao redor de tudo isso como essas longas caminhadas que as pessoas dão ao redor de um parque ou lagoa. Mas isso é agora, isso é hoje e hoje, não é o começo.
***
Excruciante! Excruciante! A garganta seca e o rosto empalidecendo gradativamente. O palestrante me olhando de um jeito vago, absorto... agora já não mais... curioso... Os olhos dele nos meus olhos marejados. Não suporto! Desabo ali mesmo, de um jeito muito discreto, perante todos. Consigo pedir licença e me retirar do auditório rumo ao desconhecido. Entregar-me totalmente ao novo que me espreitou, achou e possuiu sem demora. Terça de inverno. Noite sem lua de céu com nuvens carregadas. Faz frio, mas eu nem sinto. Os calafrios que convulsionam meu corpo têm outro motivo.
A chuva... A chuva abafando meus soluços incontidos, meus gemidos de dor, de raiva, desespero, incertezas; todos os sentimentos escorrendo pela face. Por fim, o enjoo. O vômito que não avança, apenas ameaça.
Excruciante! Já li essa palavra tantas vezes em meus livros, mas nunca tinha ousado usá-la. Usu-a agora devido à falta de um sinônimo que te represente melhor em minha vida. É o primeiro dia, são apenas as primeiras horas de um tormento que reconheço: vai demorar pra passar. A volta para a casa, nessa terça fatídica, será sempre insuperável. Os lábios mordidos, o choro rompendo o silêncio inundando as outras poltronas, sem abafo! Sem contenção! Tento me engolir. Engolir o sangue que agora converto em lágrimas. E chorei tantas outras vezes naquela mesma noite que a noite passou depressa após ter desabado com a cara na minha poça de lágrimas e amores. Dormi, por fim, o sono sem sonhos mais atormentado de todos.
Excruciante! Já li essa palavra tantas vezes em meus livros, mas nunca tinha ousado usá-la. Usu-a agora devido à falta de um sinônimo que te represente melhor em minha vida. É o primeiro dia, são apenas as primeiras horas de um tormento que reconheço: vai demorar pra passar. A volta para a casa, nessa terça fatídica, será sempre insuperável. Os lábios mordidos, o choro rompendo o silêncio inundando as outras poltronas, sem abafo! Sem contenção! Tento me engolir. Engolir o sangue que agora converto em lágrimas. E chorei tantas outras vezes naquela mesma noite que a noite passou depressa após ter desabado com a cara na minha poça de lágrimas e amores. Dormi, por fim, o sono sem sonhos mais atormentado de todos.
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