4º dia: 12/09/2014. Pausa


Os dias andam se misturando e eu já não sei bem onde um termina e começa o outro. Os sintomas são sempre os mesmos: choro engolido, fortes palpitações, estômago embrulhado, esgotamento físico, dor de cabeça, raiva, frustração, acessos esporádicos de ódio, pensamentos inúteis e amor.

Terça se misturou com quarta que se misturou com quinta que tudo que eu senti e sofri em nada difere de agora. E hoje é sexta de chuva...

Tenho recebido pequenos afagos de amor. Um colo disposto. Um sorriso sincero. Mensagens de paz. E meio segundo de paz é tudo o que eu tenho antes que as suas palavras-navalhas voltem a rasgar minha pele...

Queria desabafar as coisas ruins da vida pra diminuir meus pesos e angústias, mas eu me sinto ridícula. Tosca por estar sofrendo tanto assim. – Patética! Fico me desejando coisas boas na esperança do vento soprar ao meu favor, só que ainda é cedo. A solidão veio pra ficar, a dor veio pra fazer doer até os ossos.

Tenho medo de ficar a sós comigo. Eu sou dada a loucuras, minha obscuridade me assusta. Mas vou seguindo, amarga. Em algum momento isso vai passar. Eu vou sarar. Vai cicatrizar.

Amar machuca tanto que só amor pode curar!



P.S: Se eu não escrever qualquer coisa que seja eu vou surtar.
 
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