Desprovida.

Fala-se do desconhecido com uma convicção de prender ouvinte desprovido. As palavras ditas fluem de tal forma que o ouvinte amigo se deixa embalar e sorrir sem respostas. Fica ali, ao sabor do vento, soprando carismas de não-querer-querendo.
Nesse quer-queira-sim-quer-queira-não vai admitindo sortilégios e pensamentos que não que lhe pertencem, mas que na hora combinam bem com a situação em questão. É uma paralisia momentânea como a que temos quando sonhamos acordados; ele se deixa perder entre vastos horizontes de filosofias contrárias às suas devido à beleza e leveza em que são postos os atos. E todas essas ações somadas não passam de um bolo espesso na garganta, sufoca um pouco, mas logo passa. - Quando não mata!
... É apenas o desconhecido gritando existência bem na cara e a cara flácida perdida em palavras – desprovida.

Para brindar às loucuras dos dias sem dia.

2 Comentários:

Maiara comentou:

Que falta me faz essa subjetividade. Tenho andado na corda bamba do tempo, mas dá-se um jeito para o que nos agrada de verdade.

Sabe, gosto das críticas enterradas nessas entrelinhas quase minhas; do desconforto de quem não se conforma.

Tentarei fazer da volta mais que uma tentativa, um beijo.

Tati Tosta comentou:

"ele se deixa perder entre vastos horizontes de filosofias contrárias às suas devido à beleza e leveza em que são postos os atos"


Muito intenso esse trecho, você nos faz pensar, com toda essa grandeza e sutileza que só você consegue.

 
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