Me deixa surtar de vez em quando só pra dizer o que não sei. O que não dá. O que não passa da garganta sem entalar. Eu tenho mania de rimas, rimas frágeis como o nosso encontro naquela última madrugada. Como aquele primeiro e último beijo que foi o meu universo inteiro. Eu tenho mania de ser grande quando ser pequena me traria muito mais paz e sossego. Eu tenho mania de tantas coisas... Eu tenho mania de dizer não pra você dizer sim e ficarmos assim, na contramão. Nesses passos contrários, nessas vidas contrárias, dessas histórias cruzadas, desses.
Vê como não há resposta? Vê como tudo é só confusão? E quando eu penso que tudo aqui dentro vai amenizar, que eu vou me apaziguar você surge do nada só pra saber se eu estou bem. Eu estou bem quando você não vem porque quando você vem, quando você reaparece, quando você finge ou não finge ou sei lá esse interesse por mim eu desabo. Porque você é a viga central e podre dos meus alicerces. Eu não suporto, desmorono. E se a sua intenção é saber se ainda mexe comigo, parabéns pra ti, você mexe e como!
E isso não é uma daquelas minhas outras idiotices e surtos de sensibilidade porque não precisamos disso. Eu não preciso disso. Só coloquei minhas armaduras de lado pra dizer que ou você fica ou você vai embora, de vez, pra sempre. Eu já cansei de me alimentar dessas migalhas de memória. Eu não ouso dizer “volta” porque entre nossas vidas sempre haverá esse abismo que nos coloca em lados contrários e a vida seguiu seu próprio curso, apesar de tudo, fico feliz por isso. E estamos nos saindo muito bem nesses nossos lados opostos...
E como lá no fundo eu sei que você não fica, partirei eu definitivamente. Caso nos encontremos ainda nessa vida me deixa surtar. Me deixa te dar o abraço que eu tanto quero. No mais, eu só posso te desejar todo amor dessa vida.
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