Eis que tudo saiu num jato de dores, amores, remorsos, saudades, conforto e alívio.
Os dedos tamborilando no teclado, a cara sem graça e uma vontade que não esperou adormecer. Não esperou acordar. Não esperou raciocínio lógico que o compreendesse. Eu ali, resguardada e uma ruga de preocupação desenhando a testa.
Besta fui novamente eu. Tola me atirei outra vez em seus mistérios. O juízo gritando em mim 'cuidado' e essa vontade maldita de confiar vendando meus olhos.
Uma ciranda imperfeita, um laço mal dado e mil segredos circunscritos nessa história. 2004-2012, 8 anos; o tempo corre e eu peço pressa. Eu peço agora. Peço que se resolvam hoje as inquietações que ainda carrego.
Farei o melhor, prometo. Preciso acreditar que há jeito, forma, fórmula, resultado que nos encerre. Que nos dê um basta. Que leve embora os Karmas e as mágoas que fizeram de mim apenas eu, eu e só, eu e ponto, eu e uma solidão quilométrica tão distante quanto o lugar onde você mora agora.
Amor é uma palavra dolorosa de se dizer quando o amor foi consumido por todo o resto... os beijos não dados, o colo negado, o afago que se perdeu em algum cômodo da casa. Quando todo o resto é e foi tudo aquilo que se quis e morreu aí, no querer.
Os deuses são realmente invejosos e crueis. Apressam o tempo da tua partida e atrasam o tempo da tua chegada. Eles jogam seus dados no tabuleiro das nossas vidas. Quando menos se espera o jogo recomeça: eu, você e essa ciranda.
2 Comentários:
Otimoo!
E que há que possa modificar isso? É, não existem maneiras, não há quem ou o que, que possa enfim modificar a ciranda. Sim, não há! O jeito meu bem, é seguir, sempre em frente...
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