Dualidade.

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A noite sempre revela o outro lado da moeda da Santa. 
E a Santa sabe ser outra quando quer, 
e a Santa é outra porque gosta. 
E Deus não culpa o homem por ter feito 
a moeda com faces tão opostas.

{Google}
Devaneios da madrugada.

Silvestre.

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Eu sou pássaro livre, moço; silvestre!
Pássaro que passeia sem casa
Pombo que dispensa endereço. 
Eu não sei ser presa, moço 
Criatura indefesa que canta em gaiola. 
Eu sou dos pastos, 
das roças, 
dos campos, 
do cerrado; 
eu sou dos Pampas! 
Sou morena faceira que guarda no peito um amor que consola. 
Sou livre de alma e de ti desconfio 
Sou pássaro que carrega no bico o desapego do mundo 
E sou bicho que não precisa de dois para ser um.



Talvez.

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Apologias:


Pausei: o relógio, o cronômetro, a vida, o rádio.
Juro que jurei não frear tão bruscamente, juro que tentei deixar rolar...
Causei: a porção desmedida da era, a pincelada de culpa que faltava.
E nada mais há de ficar em pé;
Nada mais há para fazer durar;
Nem um taco;
Nem um terço;
Muito menos, grão.



Mesclado:

Vou começar burlando as regras, 

Prometendo atos de Páris ao dom de Helena.
Vou inspecionar as vestiduras amargas; 
Sujas de sangue pobre...
E sei ser não, moço. Nada fora do mundo que me cerca.
Sei ser muito pouco, tolo. E assim sou terra.
Chão firme de mim, areia barrenta do cerne.
Sem Constituição; apoderando autoridade.
E assim, como tantas vezes, inicio as promessas dos atos, do dom pós regras: 
De Helena que sou toda eu - antes Páris. 

Pílula azul e bula falsa de remédio.

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Senhora do Caminho: É tanta rotatividade que eu não sei em que ponto termina a estrada por onde trilha o bonde do meu destino; e me chamam louca, e me assumem boba e vou sorrindo vez ou outra por ser mais eu (agora) que os demais.

Cortando os Pulsos: Enquanto o passo não se firma em valsa eu corto a sombra que em mim se apaga e deixo livre o tempo para que este volte e ocupe os buracos que aqui ficou.

Perseguindo os Versos: E como me fala meu melhor amigo eu seria radiante se não fosse essa obscura força de trilhar sozinha a confusão dos meus versos.

Para tecer a carne que em mim restou.
 
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